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Rússia

Artistas russos assinam manifesto pedindo paz com a Ucrânia

Atores, diretores e até o responsável pelo Teatro Bolshoi apelam pelo fim da guerra

Vladimir Urin, diretor do Teatro Bolshoi, já apoiou planos Putin na Ucrânia, mas agora pede a pazVladimir Urin, diretor do Teatro Bolshoi, já apoiou planos Putin na Ucrânia, mas agora pede a paz - Foto: Reprodução

Um grupo de 17 agentes culturais da Rússia escreveu um manifesto no qual pede o fim do conflito com a Ucrânia. Deste grupo fazem parte figuras de destaque como Vladimir Urin, diretor do Teatro Bolshoi, instituição estatal de referência da cultura russa, o violonista Vladimir Spivakov, um dos mais aclamados da atualidade, e Valery Fokin, dramaturgo e diretor artístico do Teatro Alexandrinsky, de São Petersburgo.

Neste breve documento de dois parágrafos, os artistas evocam os seus pais e avós que combateram na Segunda Guerra Mundial e defendem que, acima de tudo, a vida é o valor a preservar.

"Em cada um de nós vive uma memória genética da guerra. Não queremos uma nova guerra, não queremos que as pessoas morram. O século XX trouxe muita dor e sofrimento à humanidade. Queremos acreditar que o século XXI se tornará um século de esperança, abertura, diálogo, um século de diálogo, de amor, de compaixão e de misericórdia. Apelamos a todos os lados do conflito que ponham um fim aos confrontos e se sentem à mesa das negociações. Apelamos à preservação do valor mais alto: a vida humana", escrevem.

Entre os signatários estão ainda personalidades ligadas ao teatro e/ou cinema, algumas delas já condecoradas pelo governo russo, como Oleg Basilashvili, Nina Usatova, Evgeny Mironov e Maria Revyakina. Foi no Facebook desta encenadora, que até ano passado dirigiu o Teatro Estatal das Nações, em Moscou, que o breve manifesto pela paz começou por ser publicado.

O fato do diretor do Bolshoi ser um dos 17 signatários desta carta é particularmente significativo, já que Vladimir Urin esteve entre os artistas e diretores de teatro que em 2014 assinaram uma carta aberta apoiando a política de Putin para a Ucrânia e, em particular, para a Crimeia.

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