No velório da colega, professora que parou agressor em escola de SP diz que emoções estão afloradas
Nesta terça (28), durante o velório de Elisabeth, Cinthia Barbosa falou, em entrevista a jornalistas, da dificuldade de comentar o fato
Um dia após o ataque que comoveu não só a comunidade da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Sul de São Paulo, mas todo o Brasil, professores e alunos ainda digerem o acontecimento.
Na segunda-feira (27), um adolescente de 13 anos que estudava na instituição entrou armado com uma faca e desferiu golpes contra colegas e profissionais. O agressor feriu cinco pessoas e matou uma, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos.
O jovem foi parado por duas professoras: Cinthia Barbosa, de educação física, que o imobilizou, e outra educadora, que retirou a faca das mãos do garoto.
Nesta terça-feira (28), durante o velório de Elisabeth, Cinthia falou, em entrevista a jornalistas no local, da dificuldade de comentar o fato.
"É bastante difícil falar ainda assim, porque acho que, nesse momento, as emoções estão bem afloradas. Então eu vou me limitar a tudo isso que eu estou sentindo agora, a me expressar ali dentro agora com meus colegas. Embora o momento não seja para isso, ou talvez seja porque é uma confusão de sentimentos, eu quero passar energia para os meus colegas, para família, para toda nossa comunidade escolar, também para todo um sistema de educação. Então eu vou lá agora. É só amor", sentenciou.
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Na ocasião, Elisabeth foi lembrada com muito carinho por colegas de profissão e também por ex-alunos.
Ainda no dia do ataque, uma de suas filhas, que preferiu não se identificar, disse que a mãe "era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida".