Às vésperas de ir a Pequim, Putin elogia o "desejo genuíno" da China de resolver a guerra na Ucrânia
É a primeira viagem do presidente russo desde sua reeleição, em março
Vladimir Putin saudou o "desejo genuíno" de Pequim de ajudar a resolver a crise na Ucrânia. A afirmação do presidente russo foi feita numa entrevista à mídia estatal chinesa e publicada nesta quarta-feira, na véspera de sua visita de dois dias ao país.
O líder russo chega amanhã a Pequim para se encontrar com o seu “querido amigo” e homólogo Xi Jinping, em busca de um maior apoio da China para a sua economia, focada no esforço de guerra na Ucrânia.
A viagem, que também o levará à cidade de Harbin, no Nordeste do país, é a primeira de Putin desde a sua reeleição, em março, e a segunda à China em apenas seis meses.
“Elogiamos os métodos da China para resolver a crise na Ucrânia”, disse Putin na entrevista ainda em Moscou.
“Pequim conhece bem as causas profundas e o significado geopolítico global” desta crise, disse Putin.
O presidente russo referiu-se especificamente ao documento de 12 pontos publicado pela China, em fevereiro de 2023, que estabelece posição para uma resolução política do conflito.
“As ideias e propostas contidas no documento demonstram o desejo genuíno dos nossos amigos chineses de ajudar a estabilizar a situação”, disse ele.
Rússia e China reivindicaram sua aliança “ilimitada” pouco antes do início da invasão da Ucrânia por Moscou, o que também levou a um crescimento das suas relações comerciais para níveis recordes.
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Para Moscou, a China tem sido uma tábua de salvação econômica após as sanções impostas pelo Ocidente, em resposta à sua operação militar.
Por seu lado, a China tirou partido das importações de energia barata da Rússia e do acesso aos seus vastos recursos naturais.
Essa abordagem levanta suspeitas nos países ocidentais e levou os Estados Unidos a ameaçar com sanções os bancos e empresas estrangeiras que trabalham com a Rússia.