Assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completa 9 meses
Nesta quinta (13), o ministro Raul Jungmann disse que assassinato pesa sobre imagem do Brasil
O assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), que cumpria o primeiro mandato, e do motorista Anderson Pedro Gomes, completa nesta sexta-feira (14) nove meses ainda à espera de solução.
Eles foram mortos na noite de 14 de março deste ano, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Ambos foram alvejados quando voltavam para casa, de carro, na Tijuca, após participar de evento na Lapa. Os tiros foram disparados de outro veículo.
Na quinta (13), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que o assassinato "pesa" sobre o Brasil e sobre a imagem do país no exterior. Segundo ele, as investigações iniciadas em novembro para apurar possíveis interferências no inquérito conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro estão indo "muito bem".
Também ontem foram cumpridos mandados de prisão e apreensão no Rio de Janeiro e Juiz de Fora, em Minas Gerais. A apuração dos mandantes e executores dos homicídios é conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
Leia também:
Polícia cumpre mandados de prisão e busca do caso Marielle Franco
Raquel Dodge apela para que assassinato de Marielle seja solucionado
Caso Marielle reflete falhas de investigações pelo país
Jungmann: investigação do caso Marielle rompeu aliança satânica no Rio
Democracia
De acordo com Jungmann, ele gostaria de entregar ainda este ano, antes de deixar o ministério, os resultados da investigação. “Então atingir Marielle foi também atingir a democracia. E isso, para mim, é um valor absoluto. Por isso, sim, eu gostaria muito de poder apresentar resultados o mais breve possível, se possível também ainda durante a nossa gestão", afirmou o ministro.
Oriunda da Favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle Franco tinha 38 anos. Era socióloga, com mestrado em administração pública, e ficou conhecida pela militância na área dos direitos humanos.