Júri popular

Assassino da estudante Remís Carla, Paulo César de Oliveira é condenado a mais de 18 anos de prisão

Juíza Fernanda Moura Carvalho profere a sentençaJuíza Fernanda Moura Carvalho profere a sentença - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Foi condenado a 18 anos, 3 meses e 24 dias de prisão, por homicídio triplamente qualificado, Paulo César de Oliveira Silva, réu confesso da morte da ex-companheira, a estudante Remís Carla Costa, assassinada por asfixia em dezembro de 2017.

A sentença foi proferida no início da noite desta terça-feira (9), pela juíza Fernanda Moura Carvalho, da 1ª Vara do Júri da Capital, após a condenação pelo júri popular. O réu respondia pelo crime de homicídio triplamente qualificado, com as agravantes de feminicídio, motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.

Caso Remis: manifestantes diante do fórumAmigos de Remís Carla e integrantes do Movimento Feminino Popular e do Movimento Estudantil Popular Revolucionário se manifestaram na frente do Fórum Thomaz de Aquino | Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Nas alegações finais, a defesa de Paulo César, representada pela defensora Danielle Monteiro, chegou a pedir a retirada das duas últimas das três qualificadoras (motivo fútil e impossibilidade de defesa), mas a argumentação não foi aceita pelo júri. Dessa forma, ele acabou sendo condenado com as três agravantes.

A promotora do caso, Eliane Gaya, avaliou a penalidade como insuficiente. "Nós esperávamos bem mais. O crime foi muito grave, e esperamos que a nossa sociedade, ante o reconhecimento do nosso trabalho, espera uma pena maior", disse, acrescentando que vai analisar a possibilidade de entrar com um recurso.

Já a representante do condenado, a defensora pública Danielle Monteiro, considerou a pena satisfatória e afirmou que não vai tentar reverter a decisão nas instâncias superiores. "A pena é sempre uma surpresa num julgamento porque depende de uma série de circunstâncias. Acredito que foi feita a justiça", comentou.

Após a sessão, Paulo César foi conduzido de volta ao Complexo do Curado, onde ficou preso durante o processo. Uma nova audiência será marcada com o juiz de execuções penais para definir se ele cumprirá a pena na penitenciária do Barreto Campelo, em Itamaracá, ou a de Itaquitinga, no Agreste.

Depois de acompanhar o julgamento, amigos de Remís e integrantes de movimentos sociais levantaram bandeiras em memória da estudante na frente do fórum. "A sentença não foi satistória, foi muito pouco", afirmou a amiga e participante do ato, Vanessa Araújo.

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