Rio de Janeiro

Assassino de galerista tentou cometer crime um mês antes e fez foto no local para enviar a mandante

Alejandro Triana Prevez está preso pelo crime, enquanto Daniel Carrera ex da vítima teve a prisão preventiva decretada pela Justiça

Selfie feita pelo suspeito na casa da vítimaSelfie feita pelo suspeito na casa da vítima - Foto: Reprodução

Um mês antes do galerista americano Brent Sikkema ser assassinado na casa em que morava quando estava no Rio de Janeiro, o cubano Alejandro Triana Prevez, preso pelo crime, registrou em fotos sua passagem pelo imóvel. A investigação comprovou que ele esteve na casa em 11 de dezembro de 2023, no Jardim Botânico, na Zona Sul da cidade, para tentar cometer o homicídio. O galerista estava no endereço, porém o crime acabou não acontecendo porque ele estava trancado em seu quarto. Para comprovar a passagem pelo imóvel, Alejandro fez uma selfie na cozinha da casa, sorrindo e fazendo um sinal de positivo.

O crime foi concluído pouco mais de um mês depois, em 14 de janeiro deste ano, quando ele voltou à casa e desta vez, segundo a polícia, conseguiu matar o americano a facadas. Alejandro, preso acusado de ser o executor, aponta o ex-marido de Brent, o também cubano Daniel García Carrera, de ser o mandante do crime. No último sábado, a Justiça decretou a prisão preventiva de Carrera.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Alejandro morava em São Paulo e ficou no Rio entre os dias 9 e 11 de dezembro. De acordo com o inquérito, Daniel havia lhe avisado que Sikkema estaria no Rio durante aquele mês.

Alejandro contou à polícia que invadiu a casa no Jardim Botânico usando uma chave enviada por Daniel, mas percebeu que o quarto do americano estava trancado. Na cozinha, fez a selfie, que acabou sendo encontrada pelos policiais em seu celular. O cubano ligou então para o ex-marido de Sikkema pedindo instruções sobre o que fazer. Alejandro conta que Daniel o orientou a fazer algo que tirasse o galerista do quarto. O suspeito do assassinato, então, desligou o disjuntor geral da casa, deixando o imóvel às escuras.

Em lugar de sair do quarto, porém, Alejandro disse que Brent começou a fazer ligações pelo celular. Com medo de ser descoberto, o cubano deixou a casa.

Prevez disse à polícia que mandante é ex-marido

O crime aconteceu em janeiro deste ano, na casa de Sikkema, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. Prevez foi preso acusado de ser o executor do assassinato e está no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da capital.

A informação sobre o mandante da morte de Sikkema foi passada aos policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) num segundo depoimento de Prevez, na semana passada. De acordo com Prevez, Carrera lhe confidenciou que o galerista estaria pagando baixos valores de pensão, enquanto tinha altos gastos com festas, drogas e garotos de programa. O ex da vítima também teria se demonstrado preocupado com um novo relacionamento de Sikkema, já que o namoro poderia lhe prejudicar na repartição de bens.

Segundo Prevez, no dia do crime, ele entrou na residência da vítima com uma chave enviada por Carrera, motivo pelo qual não havia nenhum sinal de arrombamento.

Veja também

Uma pessoa morre em ataque a faca na cidade holandesa de Roterdã
Mundo

Uma pessoa morre em ataque a faca na cidade holandesa de Roterdã

Candidato apoiado por Trump elogiou Hitler e apoiou escravidão em fórum de site pornô, diz jornal
Estados Unidos

Candidato apoiado por Trump elogiou Hitler e apoiou escravidão em fórum de site pornô, diz jornal

Newsletter