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Guerra na Ucrânia

Assembleia da ONU pede 'fim imediato' das hostilidades na Ucrânia

Com 140 votos a favor, 5 contra e 38 abstenções, a comunidade internacional aprovou nova resolução sobre consequências russas

O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne na sede da ONU em Nova York em 27 de fevereiro de 2022O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne na sede da ONU em Nova York em 27 de fevereiro de 2022 - Foto: Andrea Renault / AFP / AFP

A Assembleia Geral da ONU voltou a pedir, nesta quinta-feira (24), o "fim imediato" das hostilidades da Rússia na Ucrânia, assim como "qualquer ataque contra civis e alvos civis", na segunda resolução em menos de um mês, que não é vinculante.

Com 140 votos a favor, 5 contra e 38 abstenções, a comunidade internacional aprovou por esmagadora maioria esta nova resolução apresentada pela Ucrânia e promovida por México e França, sobre as "consequências humanitárias da agressão" russa, que em menos de um mês provocou o deslocamento de 10 milhões de pessoas, entre elas 3,5 milhões refugiadas no exterior e metade dos refugiados crianças.

Belarus, Coreia do Norte, Eritreia, Síria e Rússia votaram contra, como fizeram na primeira resolução adotada em 2 de março. China, Bolívia, Cuba, El Salvador, Nicarágua e Irã são alguns dos 38 países que se abstiveram nesta votação.

Uma segunda resolução sobre a situação humanitária proposta pela África do Sul, em cujo texto não foi mencionada a Rússia - desejo de alguns países, liderados por Moscou, que afirmam que o conflito não deve ser "politizado" - foi rejeitada por 67 votos contra, 50 a favor e 36 abstenções. 

O embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, tentou evitar a votação da segunda resolução, considerando que o texto "nunca foi produto de consultas com a Ucrânia ou consultas regionais", ao contrário da primeira. 

Esta é a segunda derrota consecutiva sofrida pela Rússia após na véspera a resolução apresentada por esse país, também sobre a situação humanitária, ser rejeitada no Conselho de Segurança, que só obteve os votos positivos do representante de Moscou e da China, enquanto o os restantes 13 membros se abstiveram. 

Em 2 de março, em uma decisão histórica, 141 países votaram a favor de outra resolução condenando a invasão russa contra 35 abstenções (incluindo China, Cuba, Nicarágua, El Salvador, Bolívia, Índia, Irã, Iraque, Cazaquistão ou Paquistão) e cinco votos contra (Coreia do Norte, Síria, Belarus, Eritreia e a própria Rússia).

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