Assessor da Casa Branca visitará Equador para analisar situação crítica de segurança
Christopher Dodd estará acompanhado por uma delegação de funcionários de segurança e defesa do governo americano
O assessor presidencial especial para as Américas do governo de Joe Biden, Christopher Dodd, iniciará nesta segunda-feira (22) uma visita de três dias ao Equador para discutir planos de cooperação em segurança entre ambos os países, em meio à declaração de conflito armado interno feita pelo governo desse país.
Dodd estará acompanhado por uma delegação de funcionários de segurança e defesa do governo americano, entre eles, a comandante do Comando Sul Laura Richardson e o subsecretário adjunto do Escritório de Assuntos Antinarcóticos Christopher Landberg.
A reunião ocorre menos de três semanas depois de um dia de violência generalizada nas ruas e prisões do país sul-americano, que passou de registrar uma taxa de 6 homicídios por 100 mil habitantes em 2018 para 46 em 2023, um número recorde que coloca o Equador como um dos países mais violentos da região.
Leia também
• Dois agentes especiais SEAL perdidos no mar são declarados 'mortos' pelos EUA
• EUA: Ron DeSantis desiste de disputa com Trump pela candidatura republicana
A invasão de homens armados ao canal TC, transmitida ao vivo em 9 de janeiro, chocou o país e levou o presidente Daniel Noboa a declarar um conflito armado interno e a ordenar uma luta implacável contra as facções de traficantes, que ele descreveu como "terroristas".
Mas financiar a guerra requer recursos, que o presidente pretende arrecadar aumentando o principal imposto sobre o consumo de 12 para 15%. A proposta deve primeiro ser aprovada pelo Congresso, onde o governo não tem maioria.
Em uma situação crítica, o Equador procura nos Estados Unidos um aliado para a sua guerra contra o tráfico de drogas.
As autoridades americanas, que serão recebidas pelo presidente Noboa, chegarão ao Equador para "ouvir e considerar opções para acelerar a cooperação bilateral em segurança" entre os dois países, informou em comunicado a embaixada dos EUA no país.
Entre outros assuntos, as reuniões abordarão "a troca de informações para combater organizações criminosas transnacionais, exercícios bilaterais () para o desenvolvimento de capacidades", e a implementação de missões de assistência humanitária.