Assistir a vídeos de curta duração antes de dormir pode causar problemas no coração, aponta estudo
Pesquisadores encontraram forte ligação entre a visualização de mídias tarde da noite e a pressão alta entre adultos jovens e de meia-idade
Após um dia estressante de trabalho ou na faculdade, muitas pessoas tendem a assistir os reels do Instagram ou Tiktok, aqueles vídeos curtos que viralizaram nas redes sociais neste dia. Sejam esquetes de humor, notícias, curiosidades ou até mesmo dicas do dia a dia. No entanto, o que parece ser uma maneira inofensiva de relaxar antes de dormir, pode estar afetando negativamente a saúde do seu coração.
Um novo estudo do Hospital Popular de Hengshui, na China, encontrou uma forte ligação entre a visualização de vídeos tarde da noite e a hipertensão essencial (pressão alta) entre adultos jovens e de meia-idade.
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Publicada no periódico científico BMC Public Health, a pesquisa analisou dados de 4.318 indivíduos entre janeiro e setembro de 2023. E revelou uma tendência surpreendente: quanto mais tempo as pessoas passavam assistindo a vídeos na hora de dormir, maior o risco de desenvolver hipertensão.
Eles atribuem esse aumento a escolhas de estilo de vida, maus hábitos alimentares e ciclos de sono interrompidos.
Problemas multifatoriais
Dos mais de 4 mil participantes do estudo, 2425 eram do sexo masculino e 1893 do sexo feminino, com média de idade de 32,77. Os pesquisadores agruparam os participantes com base no tempo de tela, variando de zero a mais de quatro horas. Quem estivesse no último grupo teria 40% mais chances de ter pressão alta em comparação a quem assistia.
"Não se trata apenas do tempo de tela em si", disseram os autores. "Os hábitos de vídeo noturno levam a um comportamento sedentário, má qualidade do sono e aumento da atividade nervosa simpática, o que pode aumentar a pressão arterial.", explicaram os pesquisadores ao jornal indiano The South First.
O estudo apontou outros fatores por trás da hipertensão, como dietas ricas em sódio, obesidade, falta de exercícios, diabetes e histórico familiar.
Mas para mudar esses riscos bastar seguir as já conhecidas dietas balanceadas, atividades físicas regulares e sono adequado, apontam os pesquisadores.