pães de forma

Associação contesta estudo sobre teor alcoólico em pães de forma

A Abimapi disse que não concorda com as conclusões apresentadas no relatório e critica a metodologia utilizada

Associação contesta estudo sobre teor alcoólico em pães de formaAssociação contesta estudo sobre teor alcoólico em pães de forma - Foto: Freepik

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) publicou um estudo chamado "Tem álcool no seu pão de forma", identificando teores elevados de álcool em algumas das marcas de pão mais consumidas no Brasil.

Em três delas, o nível foi alto o suficiente para que o consumidor corra risco de ser reprovado no bafômetro caso consuma somente duas fatias.

As análises envolveram 10 marcas que são líderes de vendas no segmento. Seis delas – Visconti, Bauducco, Wickbold 5 Zeros, Wickbold Sem Glúten, Wickbold Leve e Panco – tiveram um teor alto que levaria a marca a ser considerada alcoólica caso houvesse uma legislação semelhante à das bebidas, que estabelece um limite de 0,5% do teor para ser não alcoólica.

Entretanto, na segunda-feira, a Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados) criticou a pesquisa e divulgou uma nota apontando algumas “falhas” em relação ao estudo da Proteste.

Segundo eles, além de não concordar com as conclusões apresentadas no relatório, a Abimapi, afirma que a Proteste “publicou o estudo sem consultar o setor envolvido, causando forte temor popular”.

Entre as pontuações apresentadas pela Abimapi estão a metodologia analítica, amostragem e referências.

“Não foi relatada se houve repetibilidade e reprodutibilidade nas análises. Na conclusão, a Proteste comparou seus resultados com valores descritos em legislações de bebidas alcoólicas, sem estabelecer relação do possível álcool presente em alimentos e o álcool das bebidas alcoólicas”, escreve a associação na nota.

A Abimapi encerra dizendo que a pesquisa foi assinada por um “profissional que não apresenta o número de registro no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia)”.

E diz que é “vital que qualquer análise seja conduzida por um profissional ou entidade devidamente credenciado e autorizado pelos órgãos competentes”.

Resposta da Proteste
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) também divulgou uma nota dizendo que a discordância da ABIMAPI faz parte do Estado Democrático de Direito e que a associação deveria se preocupar com os resultados dos testes em questão.

“Ratificamos que o referido teste foi realizado por laboratório devidamente acreditado no INMETRO e no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). O teste foi assinado e conduzido por responsável técnico. A metodologia utilizada pelo laboratório parceiro foi a de Cromatografia a Gás com detecção no headspace (gás volatizado) a quantidade de etanol na amostra”, escreveu a associação em nota.

A Proteste ainda afirmou que encaminhou todos os laudos para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a autoridade competente adote as medidas legais e administrativas cabíveis e que, ao divulgar os resultados dos testes, “apenas exerce o direito constitucional à informação e qualquer tentativa de impedir essa informação, deve ser considerada uma censura”.

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