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El Salvador

Associação denuncia aumento de ataques a jornalistas em El Salvador

Para Cármaco, o crescimento dessas agressões evidencia a "deterioração" da liberdade de imprensa no país

A Associação de Jornalistas de El Salvador (APES), denunciou, nesta quinta-feira (1º), o aumento de ataques a repórteres A Associação de Jornalistas de El Salvador (APES), denunciou, nesta quinta-feira (1º), o aumento de ataques a repórteres  - Foto: Oscar Ricer/AFP

A Associação de Jornalistas de El Salvador (APES), denunciou, nesta quinta-feira (1º), o aumento de ataques a repórteres e meios de comunicação em 2023, indicando o Estado como o principal agressor.

"Lamentavelmente devemos dizer que a tendência sobre as agressões registradas por esta associação apresentam um aumento acelerado [...], a entidade que mais agride a imprensa é o Estado salvadorenho", declarou a presidente da APES, Angélica Cárcamo, em coletiva de imprensa.

Para Cármaco, o crescimento dessas agressões evidencia a "deterioração" da liberdade de imprensa no país governado pelo presidente Nayib Bukele.

O Centro de Monitoramento de Agressões a Jornalistas da APES registrou 311 ataques em 2023, que "representam um aumento de mais que o dobro das agressões documentadas em 2022", quando contabilizou 147.

Entre os "agressores mais recorrentes" estão os "deputados da bancada governista" no Congresso, além de "soldados, policiais e a imprensa estatal".

Segundo a APES, os dados recolhidos mostram que os dois tipos de ataques mais recorrentes são as "declarações estigmatizantes e o assédio digital contra as e os jornalistas", uma vez que "quatro a cada 10 agressões" são deste tipo.

As agressões foram classificadas da seguinte forma: 109 foram direcionados a homens, 96, a mulheres, 67 ofensas a veículos de comunicação, 27 à APES, nove a outros coletivos e três a profissionais da comunidade LGBTQIA+.

"A APES expressa seu mais profundo repúdio ao aumento de casos e agressões contra jornalistas" e pede às autoridades que "respeitem o exercício do jornalismo".

O relatório foi divulgado três dias antes das eleições em El Salvador, nas quais Bukele busca a reeleição como favorito nas pesquisas por sua política de guerra às gangues.

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