COLISÃO NA TAMARINEIRA

"Assumiu o risco", diz promotora do MPPE sobre João Victor Ribeiro no início do segundo dia de júri

Ainda de acordo com a promotora, entre as testemunhas estão dois médicos psiquiatras que vão depor em defesa de João Victor

Julgamento do caso de atropelamento da TamarineiraJulgamento do caso de atropelamento da Tamarineira - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O segundo dia do julgamento de João Victor Ribeiro, acusado pela colisão que matou três pessoas e deixou duas feridas, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, em novembro de 2017, teve início nesta quarta-feira (16), por volta ds 9h45, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife, com a ouvida de testemunhas de acusação e defesa, além do réu. 

Para a promotora do Ministério Público de Pernambuco Eliane Gaia, que atua na acusação de João Victor, o acusado tinha noção do risco que corria ao dirigir embriagado e em alta velocidade no dia do crime

"Noção do que estava acontecendo o acusado tinha. Ele talvez não quisesse o resultado, mas que ele assumiu o risco de produzir a morte de três pessoas, lesionar e deixar a integridade física lesionada de duas pessoas, do qual configura três homicídios duplamente qualificado, bem como duas tentativas de homicídio, também duplamente qualificado", afirmou.

Ainda de acordo com a promotora, entre as testemunhas que serão ouvidas nesta quarta estão dois médicos psiquiatras, que vão depor em defesa de João Victor.

"No primeiro momento, nós vamos ouvir os as testemunhas que ainda restam, que são os dois pareceristas. São psiquiatras contratados pela defesa para falar sobre a sanidade ou insanidade mental do acusado. Eles proferiram pareceres, que foram anexados nos autos, e a defesa achou por bem ouvi-los hoje pessoalmente aqui, em plenário de júri", afirmou Eliane Gaia. 


A promotora informou também que o réu será ouvido em seguida e poderá ou não responder as perguntas da acusação e do juiz, e que o julgamento deve ser finalizado ainda nesta quarta.

"Ele [João Victor] é quem vai saber se vai se posicionar para falar ou não. É um direito constitucional do réu, inclusive, ficar calado. A previsão é que termine ainda hoje, ainda que seja um pouquinho mais estendido".

Colisão
A colisão matou a funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho mais novo do casal, Miguel Neto, de 3 anos, e a babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida. 

O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, e a filha deles Marcela, que tinha 5 anos na época, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram.

João Victor Ribeiro, então estudante universitário, dirigia alcoolizado e ultrapassou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, e atingiu o automóvel onde estava a família.

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