guerra na ucrânia

Ataque contra a cidade natal do presidente ucraniano deixa seis mortos

Um míssil atingiu um prédio residencial que ficou destruído após incêndio

Escombros de uma loja destruída após um bombardeio russo em Kherson, em 12 de junhoEscombros de uma loja destruída após um bombardeio russo em Kherson, em 12 de junho - Foto: Oleksii Filippov/ AFP

Ao menos seis pessoas morreram em um ataque russo contra a cidade de Kryvyi Rih, na região central da Ucrânia, onde um míssil destruiu um prédio residencial, anunciaram as autoridades locais nesta terça-feira (13).

A Ucrânia também relatou ataques noturnos em Kharkiv (nordeste) e Kiev, que receberão nas próximas horas a visita do diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o argentino Rafael Grossi.

A Rússia reivindicou nesta terça-feira a captura de vários tanques alemães Leopard e veículos de combate de infantaria americanos Bradley. As autoridades do país divulgaram imagens de soldados russos inspecionando os aparelhos fornecidos à Ucrânia por países ocidentais.

Em Kryvyi Rih, cidade natal do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, na região de Dnipropetrovsk (centro-leste), um "ataque em larga escala com remédios" consumiu vários pontos da cidade, em particular um edifício residencial, afirmaram as autoridades locais.

"Infelizmente, nós temos seis mortos. As operações de resgate sobrevivemos", anunciou Oleksander Vilkul, comandante militar da cidade industrial.

A administração regional divulgou uma foto do prédio atingida, que sofreu um incêndio.

Além do edifício residencial, o governo de Dnipropetrovsk identificou mais duas áreas "civis" suportadas pelas explosões.

Em Kiev, a administração militar relatou ataques noturnos com mísseis de cruzeiro, mas destacou que "todos os alvos inimigos no espaço aéreo ao redor de Kiev foram detectados e destruídos com sucesso".

O prefeito de Kharkiv (nordeste), Igor Terekhov, anunciou um ataque de drones "contra infraestruturas civis", que atingiram um hangar e as instalações de uma empresa.

Vilarejos liberados
Na segunda-feira à noite, o presidente Zelensky afirmou que a contraofensiva ucraniana é "difícil, mas avançando".

"Os combates são difíceis, mas estamos avançando, isso é muito importante", declarou Zelensky em seu pronunciamento diário, no qual destaque que as "perdas inimigas são exatamente do nível que precisamos".

"O tempo não é favorável - a chuva torna nosso trabalho mais difícil - mas a força de nossos soldados dá bons resultados", acrescentou.

Pouco antes, o governo ucraniano anunciou a retomada, desde o fim de semana, de sete vilarejos nas regiões sul e leste do país.

"Sete vilarejos foram libertadores", anunciou a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, no Telegram. Ela calculada em 90 milhas quadradas a superfície de território recuperada pelos ucranianos.

O ministério da Defesa afirmou na segunda-feira que avançou de 250 a 700 metros na região leste de Bakhmut, na direção da cidade de mesmo nome, que é cenário de uma das batalhas mais violentas desde o início da guerra.

A Rússia afirmou que impediu ataques ucranianos no leste de Donetsk, perto de Velkya Novosilka e de Levadne, nas proximidades de Zaporizhzhia.

Não foi possível confirmar as reivindicações de Moscou e Kiev com fontes independentes.

Central nuclear
De acordo com analistas militares, a Ucrânia ainda não mobilizou a maior parte de suas forças na contraofensiva e está testando a frente de batalha com ataques múltiplos para determinar os pontos mais fracassados

A contraofensiva ucraniana vai durar "várias semanas, ou até meses", declarou na segunda-feira o presidente da França, Emmanuel Macron.

"Nós desejamos que a contraofensiva seja o mais vitoriosa possível para que, em seguida, seja possível iniciar uma fase de negociação em boas condições", acrescentou.

A AIEA confirmou na segunda-feira que seu diretor, Rafael Grossi, visitará nesta terça-feira a Ucrânia para inspecionar a central nuclear de Zaporizhzhia e analisar o impacto da destruição da barragem de Kakhovka no rio Dnieper.

Depois de passar pela capital ucraniana, Grossi se dirigirá para uma central ZNPP, ocupada pelos russos, “para avaliar a situação e organizar um novo rodízio de especialistas”.

Desde o início da invasão, o diretor da AIEA vem alertando para o risco de um acidente nuclear nesta usina do sudeste da Ucrânia, a maior da Europa.

A destruição da represa de Kakhovka não provocou nenhum efeito até o momento na área de resfriamento da usina. Em outras partes do sul do país, no entanto, causou graves inundações e matou 17 pessoas na zona sob controle da Rússia e 10 na área controlada pela Ucrânia.

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