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conflito internacional

Ataque em cidade israelense deixa três mortos

O ataque na cidade de Elad elevou para 18 o número de mortos em ataques desde 22 de março

Três pessoas morreram em um ataque na cidade de Elad, centro de IsraelTrês pessoas morreram em um ataque na cidade de Elad, centro de Israel - Foto: Jack Guez / AFP

Três pessoas morreram nesta quinta-feira (5) em um ataque na cidade de Elad, centro de Israel, após o qual a polícia iniciou uma busca intensa pelos autores desse novo episódio de violência ocorrido durante a celebração do 74º aniversário de fundação do país.

O serviço de resposta de emergência Magen David Adom - equivalente israelense da Cruz Vermelha - confirmou as mortes e disse que outras três pessoas estavam em estado grave após o ataque, o sexto nas últimas semanas, marcadas também por confrontos entre manifestantes palestinos e policiais israelenses. Outras duas pessoas tiveram ferimentos moderados ou leves.

O ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid, declarou que "a alegria do dia da independência foi interrompida em um instante", ao condenar o "ataque assassino em Elad".

A polícia anunciou que teve início uma perseguição com helicópteros e bloqueios de estradas, com um grande número de agentes e unidades do Exército que buscam "um ou dois terroristas". 

Um comunicado inicial da polícia não deu informações sobre as circunstâncias do ataque, nem sobre a identidade de seus autores.

A maioria dos habitantes de Elad é membro da comunidade judaica ultraortodoxa, conhecida como os "haredim". Outra cidade majoritariamente povoada por judeus ultraortodoxos, Bnei Brak, também nos arredores de Tel Aviv, foi atacada em março.

O ataque de Elad eleva para 18 o número de mortos em ataques desde 22 de março, alguns cometidos por árabes israelenses, e outros, por palestinos. Em resposta, o Exército israelense realizou várias operações na Cisjordânia ocupada, marcadas por confrontos sangrentos. No total, 27 palestinos e três árabes israelenses morreram, incluindo os autores dos ataques.

Os movimentos islâmicos armados palestinos Hamas e Jihad Islâmica celebraram o que chamaram de "atentado heroico", chamando o mesmo de "reação" à tensão crescente em Jerusalém, mas não reivindicaram a autoria do mesmo.

"Essa operação mostra a ira do nosso povo diante dos ataques da ocupação aos locais sagrados", disse Hazem Qassem, porta-voz do Hamas, movimento islamita que controla a Faixa de Gaza, enclave palestino de 2,3 milhões de habitantes.

Desde meados de abril, confrontos recorrentes entre policiais de Israel e manifestantes palestinos já deixaram cerca de 300 feridos, a maioria palestinos, na Esplanada das Mesquitas, localizada em Jerusalém Oriental, ocupada desde 1967 por Israel.

Para os palestinos, o aniversário da declaração de independência de Israel, em 1948, marca a "Nakba", ou "catástrofe", quando mais de 700.000 palestinos fugiram ou foram expulsos durante a guerra em torno da criação do Estado de Israel.

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