Atirador que matou agente da Força Nacional vivia em brigas com a companheira, segundo vizinhos
Criminoso morava na casa ao lado de onde vivia o soldado Edmar Felipe Alves dos Santos, de 36 anos, e outros 14 colegas da Polícia Militar de Alagoas
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Moradores da Rua Mario Barbedo, no bairro de Vila Valqueire, onde o soldado da Força Nacional foi baleado e morto após uma briga, na noite de terça-feira, contaram que a relação do atirador com sua companheira era conturbada e que os dois viviam brigando. Ainda segundo esses vizinhos, o homem identificado como Eduardo Santa Rita Carvalho, de 24 anos, morava no local há pouco menos de um mês.
A casa em que o atirador e sua companheira viviam era de fundos e ficava ao lado do imóvel ocupado pelo soldado da Força Nacional, que desde outubro morava no local com outros 14 colegas, todos vindos do mesmo estado. De acordo com relato de testemunhas, o agente da Força Nacional saiu de casa armado, após ouvir um tiro e gritos de socorro vindos do endereço vizinho.
Ao sair do portão, foi atingido pelos tiros disparados pelo atirador, que fugiu em seguida, em direção à Avenida Marechal Fontenelle. O soldado foi socorrido por colegas e levado para o Hospital das Forças Armadas, mas não resistiu.
Antes de fugir, segundo testemunhas, o criminoso chegou a escorregar na calçada, conforme mostram vídeo de câmera de segurança da rua. Outro vídeo mostra o agente sendo socorrido pelos colegas, após ser baleado.
Um carro que estava estacionado em frente à casa tinha marca de tiro no para-brisa. No chão, havia várias manchas de sangue.
Enquanto o atirador e sua companheira viviam uma relação conturbada. A convivência da vizinhança com os agentes da Força Nacional era tranquila e corial.
"Eles nunca incomodaram. Chegam cumprimentam a gente e entram. Fazem um churrasquinho nos fins de semana, mas isso é normal", disse um morador.
Além dessa casa, pelo menos outros dois imóveis na mesma rua abrigam soldados da Força Nacional.
Agente se voluntariou para vir ao Rio
Santos era um dos 31 agentes enviados pela PM de Alagoas ao Rio em outubro. Ele é da capital, onde vive sua família. Mas, até vir para o Rio, servia na companhia da Polícia Militar alagoana de São Luiz do Quitunde, cidadezinha do interior, com população de pouco mais de 34 mil habitantes e localizada a 32 km de Maceió. Na época da apresentação do grupo, em Maceió, ressaltou-se que eles tinham se voluntariado para a missão.
"Eu quero agradecer à Polícia Militar de Alagoas pela vontade de servir que a corporação sempre demonstra. Eu recebi a solicitação do Secretário Nacional de Segurança Pública para o envio de efetivo para a Força Nacional, e de pronto a tropa se disponibilizou. Agradeço a cada um de vocês. Tenham uma boa missão", disse na época, antes do embarque dos agentes, o secretário de Estado de Segurança Pública alagoano, Flávio Saraiva.
Na nota de pesar desta quarta-feira, o comandante-geral da corporação, coronel Paulo Amorim, prestou "as mais sinceras condolências aos amigos e familiares" e afirmou que a instituição está "à disposição para o que se fizer necessário".