Ativista mexicana morre após ser queimada por um grupo de pessoas
Com queimaduras em mais de 90% do corpo, Padilla foi levada para um hospital em Guadalajara, onde morreu na terça-feira
Uma defensora mexicana dos direitos das pessoas com deficiência morreu depois que indivíduos desconhecidos a queimaram no estado de Jalisco (oeste), informou a promotoria regional na quarta-feira.
Luz Raquel Padilla, 35 anos, morreu na terça-feira devido à "gravidade dos ferimentos" causados por três homens e uma mulher que jogaram álcool nela e a incendiaram em um jardim público na cidade de Zapopan, disse o promotor Luis Joaquín Méndez, citando testemunhas.
A ONU Mulheres México condenou na quarta-feira no Twitter o "assassinato da ativista", a quem a promotoria havia concedido medidas de proteção após denunciar ameaças de um vizinho.
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Anos atrás, Padilla também foi vítima de agressão de sua ex-companheira. O caso está sendo investigado como um possível feminicídio, disse a entidade judiciária, indicando que o vizinho foi chamado a depor.
Mãe de uma criança autista, Padilla fazia parte do 'Eu cuido do México', uma organização de famílias com experiência em cuidar de pessoas com deficiência. Em suas redes sociais, a vítima denunciou alguns comportamentos do vizinho, como ouvir música alta, o que afetou a saúde do filho.
Em 17 de maio, também postou no Twitter fotos de grafites ameaçadores nas paredes de sua casa. "Você vai morrer Lus (sic)" e "Eu vou te queimar viva", diziam as mensagens.
Com queimaduras em mais de 90% do corpo, Padilla foi levada para um hospital em Guadalajara, onde morreu na terça-feira.
O filho ficou sob a custódia de sua avó, a quem o governo de Jalisco prometeu sustentar com pensão alimentícia, disse o promotor.