Ativistas acusadas de crime de lesa-majestade encerram greve de fome na Tailândia
Tantawan Tuatulanon e Orawan Phupong correm risco de prisão acusadas de insultar a família real
Duas jovens ativistas tailandesas acusadas de crimes de lesa-majestade encerraram neste sábado (11) a greve de fome que haviam iniciado em 18 de janeiro, devido aos graves temores expressados por seus médicos, anunciou uma delas no Facebook.
Tantawan Tuatulanon (21 anos) e Orawan Phupong (23), conhecidas como "Tawan" e "Bam", respectivamente, correm risco de passar anos na prisão, acusadas de insultar a família real.
O objetivo da greve de fome era pedir aos partidos políticos tailandeses que apoiem a abolição do crime de lesa-majestade, que pode ser punido com até 15 anos de prisão.
"Encerramos a greve de fome para salvar nossas vidas e seguir lutando", disse Tawan no Facebook. "A equipe médica teme que nossos rins e outros órgãos sejam afetados pelo longo período sem comida e água", acrescentou.
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As duas jovens foram acusadas de insultar o rei Maha Vajiralongkorn e sua família em duas manifestações separadas em Bangcoc no início de 2022.
Inicialmente em prisão preventiva, elas foram liberadas no mês passado, apesar do agravamento do estado de saúde, e agora estão hospitalizadas.
Segundo a associação Thai Lawyers for Human Rights (TLHR), 224 manifestantes, incluindo pelo menos 17 menores de idade, foram acusados de crimes de lesa-majestade desde os grandes protestos de 2020 que pediam uma reforma profunda da monarquia, um tema importante no país onde o rei possui um status de quase divindade.