EUA

Ativistas anunciam medidas para combater proibições ao aborto nos EUA

Declaração foi feita mediante a decisão da Suprema Corte de revogar o direito ao aborto no país

Ativistas anunciaram, nesta sexta-feira (1) que irão combater proibições ao aborto nos EUAAtivistas anunciaram, nesta sexta-feira (1) que irão combater proibições ao aborto nos EUA - Foto: Kevin Dietsch / Getty Images Morth America / Getty Images Via AFP

Depois da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos na semana passada que revogou o direito ao aborto no país, ativistas anunciaram, nesta sexta-feira (1), que passarão para o “ataque” nos tribunais e nas urnas.

“Não nos contentamos com a defesa, passamos para o ataque”, declarou Anthony Romero, diretor executivo da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU).

No momento, o aborto “é inacessível ou está amplamente restrito” em uma dúzia de estados, como resultado da decisão da Suprema Corte, disse Romero.

“Espera-se que esse número aumente nos próximos dias, semanas e meses, até alcançar cerca de 26 estados em todo o país”, afirmou. “Mais da metade do país proibirá o aborto”.

Segundo o ativista, “políticos antiaborto e estados em todo o país pegaram o bastão da Suprema Corte e começaram a promulgar proibições”.

Na semana passada, o mais alto tribunal dos Estados Unidos, de maioria conservadora, interrompeu 50 anos de direito constitucional federal que os americanos tinham sobre a questão. 

O presidente Joe Biden denunciou a medida como uma “decisão horrível e extrema” que "desestabilizará vidas”.

Romero e líderes de outros grupos defensores do acesso ao aborto disseram que planejam combater as restrições nos tribunais, nas legislações estaduais e nas eleições.

A ACLU, a Federação de Planejamento Familiar dos EUA e o Centro de Direitos Reprodutivos indicaram que já tomaram ações legais para bloquear as proibições em 11 estados: Arizona, Idaho, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Ohio, Oklahoma, Flórida, Texas, Utah e West Virginia.

A quatro meses das eleições legislativas e de governadores, Romero também destacou a importância de eleger representantes que apoiem o direito ao aborto.

Por sua vez, Alexis McGill Johnson, diretora executiva da Federação de Planejamento Familiar, disse que a organização expandiu sua capacidade em “estados seguros”, onde o aborto é legal.

“A realidade, porém, é que os 24 estados em que esperamos que se mantenha legal nos próximos meses não serão capazes de absorver as necessidades do país inteiro”, acrescentou.

Veja também

Mulheres já infectadas podem se beneficiar da vacina contra HPV
VACINAÇÃO

Mulheres já infectadas podem se beneficiar da vacina contra HPV

União Europeia anuncia empréstimo de  35 bilhões para Ucrânia com ativos russos congelados
EUROPA

União Europeia anuncia empréstimo de 35 bilhões para Ucrânia com ativos russos congelados

Newsletter