Ativistas colam as mãos em quadros de Goya durante protesto no Museu do Prado, em Madri; veja vídeo
Eles deixaram a mensagem +1,5º' na parede entre as pinturas em referência à meta de aquecimento global estabelecida pela comunidade internacional; os dois foram presos
Dois ativistas do grupo espanhol Futuro Vegetal se prenderam às molduras das pinturas "A Maja Nua" e "A Maja Vestida" de Francisco de Goya expostas no Museu Nacional do Prado, em Madri. Eles escreveram a mensagem '+1,5º' na parede entre as obras em alerta "sobre o aumento da temperatura global que causará um clima instável e graves consequências em todo o planeta". Os dois foram presos e levados sob custódia, segundo a polícia.
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Nas imagens compartilhadas nas redes sociais, os ativistas aparecem cada um com as mãos fixadas em uma pintura, em uma das salas do museu. Pelo Twitter, o grupo alegou que na semana passada a ONU "reconheceu a impossibilidade de nos manter abaixo do limite de aumento do Acordo de Paris de 1,5° da temperatura média em relação aos níveis pré-industriais" e apontam que é um fato que compromete a capacidade de cultivo à medida que fenômenos como a seca se tornam cada vez mais frequentes.
Dos activistas se pegan a 'Las Majas' de Goya en el Museo del Prado https://t.co/j25rzM0iT9 pic.twitter.com/oCJ4WlqZlq
— EL MUNDO (@elmundoes) November 5, 2022
Essa ação segue várias outras do tipo realizadas por ativistas climáticos, tendo como alvo obras de arte famosas em várias cidades da Europa. Há apenas duas semanas, o Ministério da Cultura anunciou que reforçaria a segurança dos museus espanhóis contra possíveis ataques. O ministério pediu que as galerias de arte sejam “exaustivas” no cumprimento das normas de acesso, como a proibição de introdução de itens e bebidas nos quartos, mochilas e pacotes grandes, guarda-chuvas ou objetos pontiagudos.
Na semana passada, duas ativistas jogaram sopa de tomate na pintura Girassóis de Vincent van Gogh na National Gallery de Londres. A dupla foi presa sob "dano criminal". Segundo a galeria, houve alguns danos à moldura, mas a obra de arte saiu ilesa.
Ainda que em menor escala, outros integrantes já haviam ganhado visibilidade por se colarem à moldura do quadro "Peach Trees in Blossom", também do pintor holandês, na Courtauld Gallery, no final de junho.