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GREVE

Ato unificado de professores e técnicos federais em greve leva atividades culturais ao Marco Zero

Ação foi idealizada para se aproximar da sociedade civil, explicando as reivindicações da classe

Professores universitários da rede pública organizam ato na Praça do Marco Zero. Professores universitários da rede pública organizam ato na Praça do Marco Zero.  - Fotos: Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco

Na tarde deste domingo (5), professores e técnicos federais em greve se reuniram no Marco Zero, Bairro do Recife, para um ato que uniu atividades culturais com a reivindicação dos direitos das categorias. Convocado pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), junto a demais sindicatos das universidades e institutos federais, o evento contou com aulas públicas, barqueata e atividades culturais diversas que tinham objetivo de esclarecer a sociedade sobre a greve dos profissionais das Instituições Federais de Ensino Técnico e Superior (Ifes) no Estado.

A iniciativa foi a primeira, desde o começo oficial da greve em abril, que trouxe o movimento para às ruas. De acordo com Teresa Lopes, presidente da Adufepe, o momento foi especialmente pensado para abrir o diálogo com a sociedade.

“Queremos esclarecer as nossas reivindicações e nossas pautas, para que as pessoas entendam e compreendam que essa é uma luta que beneficia toda a sociedade, não é só uma questão do professor”, destacou. 

Ao lado dos professores, estudantes das universidades também estavam presentes com faixas, cartazes e atividades de panfletagem. Marjory Williams, aluno de Farmácia, estava acompanhado de amigos e ressaltou a importância do apoio entre estudantes e professores durante o momento de greve.

 Professores e técnicos federais se reuniram para debater com sociedade sobre greve Professores e técnicos federais se reuniram para debater com sociedade sobre greve. Foto: Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco

“A greve é importante não só para poder fortalecer as categorias dos docentes e técnicos das Universidades Federais, mas também para  conseguir conquistar mais infraestrutura e melhores condições para as Universidades como um todo. Então, os estudantes acabam precisando se somar nesse processo para que outras pessoas que não entendem a importância da greve consigam apoiar e participar”, relatou. 

Ainda que a paralisação das aulas afete o andamento do curso de todos os estudantes, segundo Teresa Lopes, a colaboração entre o corpo docente e os estudantes tem sido um pilar importante para que a greve ganhe força.

“A gente convoca sempre os estudantes nas nossas assembleias, eles fazem parte porque é uma parte importante dessa nossa luta que também é pela melhoria e qualidade de permanência do estudante no campus”, explicou a presidente da Adufepe.

Além da Adufepe, organizaram também o ato a Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe), os Sindicatos dos Servidores Técnico-Administrativos da UFPE e da UFRPE (Sintufepe), o Sindicato dos Servidores dos Institutos Federais de Pernambuco (Sindisifpe).

Manifestação aconteceu na Praça do Marco ZeroManifestação aconteceu na Praça do Marco Zero.  Foto: Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco.

Atividades culturais

Para chamar atenção do público que passou pelo Marco Zero no domingo à tarde, o movimento contou com uma série de atividades culturais que envolveram a interação entre público e manifestantes. 

Barcos circularam com faixas em apoio ao movimento grevista Barcos circularam com faixas em apoio ao movimento grevista. Foto: Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco

Dez barcos da Colônia de Pescadores de Brasília Teimosa (Z-1) navegaram entre o Marco Zero e Armazém 14, cada um deles com faixas alusivas à paralisação.

Além da barqueata, a programação incluiu apresentação de maracatu, esquete teatral, com foco na temática da valorização da educação pública, e aulas públicas sobre temáticas diversas lecionadas pelos professores em greve.
 

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