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Tetralogia de Fallot

Atriz da série Sandy & Junior, fala sobre seu diagnóstico de cardiopatia congênita; entenda

Nas redes sociais, artista fez um vídeo respondendo perguntas sobre seu diagnóstico

Atriz Karine Dohme Atriz Karine Dohme  - Foto: Reprodução/Redes sociais

A atriz Karine Dohme, de 39 anos, contou, neste domingo, que nasceu com uma cardiopatia congênita e precisou passar por um procedimento cirúrgico na época.

Nas redes sociais, a artista, que interpretou Beth na série Sandy & Júnior, gravou um vídeo respondendo algumas perguntas sobre sua cardiopatia congênita e explicou sua condição. Na gravação, ela afirma que tem uma vida normal apesar da doença.

A Tetralogia de Fallot é uma condição congênita grave e rara, que afeta aproximadamente 2 em cada 10 mil crianças. Na doença, quatro defeitos cardíacos específicos ocorrem juntos:

Um estreitamento da via de saída partindo do lado direito do coração;

Um grande defeito do septo ventricular (um orifício na parede que separa o ventrículo esquerdo do direito);

Deslocamento da aorta permitindo que sangue pobre em oxigênio flua diretamente do ventrículo direito para a aorta (causando uma derivação direita-esquerda), também chamada dextroposição da aorta; e

Um espessamento da parede do ventrículo direito.

A malformação pode ocorrer ao acaso, por doença viral, como rubéola, alcoolismo materno ou histórico familiar de cardiopatia congênita.

Os sintomas incluem cianose (tom de pele azulado), dispneia durante a refeição, deficit de crescimento e crises hipercianóticas (episódios súbitos e potencialmente letais de cianose grave). O diagnóstico é por ecocardiografia e o tratamento definitivo é correção cirúrgica.

Durante a cirurgia, o defeito do septo ventricular é fechado, a passagem estreitada do ventrículo direito e a válvula pulmonar estreitada são alargadas e o duto arterioso patente é fechado. Em geral, a intervenção ocorre nos primeiros 6 meses de vida e, dependendo do caso, podem ser necessárias outras operações.

O diagnóstico da doença acontece quando o médico escuta uma espécie de sopro cardíaco áspero com o estetoscópio. Além disso, a saturação de oxigênio costuma ser menor que a normal quando é medida com um sensor cutâneo. O diagnóstico é confirmado por meio de um ecocardiograma, que mostra os quatro defeitos cardíacos.

Veja o relato abaixo:

No vídeo, Dohme relata que apesar do diagnóstico, tem uma vida normal. "Uma vida absolutamente normal, como de qualquer outra mulher da minha idade. Eu fiz apenas uma cirurgia, que foi muito bem sucedida. Faço acompanhamento a cada dois anos com o meu pediatra ainda. Faço até hoje com o pediatro congênito porque ele que sabe todo o meu histórico. Faço tudo com muita tranquilidade, eu nem me lembro que eu tenho um problema de coração", explicou.

Ela ainda contou que ainda tem um "sopro" e um bloqueio do ramo direito do coração. "É só uma condição normal que fiquei depois da cirurgia, mas que me permite ter uma vida absolutamente normal. Eu tenho amigos, vida social, trabalho. Trabalho, inclusive, em um ritmo muito mais acelerado do que eu deveria. O meu cardiologista briga bastante comigo por conta disso. Tenho uma vida absolutamente normal, e durante minha infância também foi assim", destacou.

"Fui diagnosticada com tetralogia de fallot e fiz uma cirurgia de correção com um ano. Os médicos queriam me operar rápido, uma semana depois que nasci, mas meu pai foi muito teimoso, ele não deixou. Ele falou que a filha era muito pequena, que não estava preparada para entrar em uma cirurgia dessa. E, muitas vezes, ele falou que se arrependia disso porque eles viveram um ano no sufoco, no desespero, rezando para eu não chorar porque ficava roxa, sair comigo correndo para o hospital", pontuou.C

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