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Aumenta preocupação com doenças no Rio Grande do Sul após cheias históricas

As autoridades locais registram 124 casos de leptospirose, e outros 922 estão em análise

Um homem carrega lixo para fora de sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, Rio Grande do SulUm homem carrega lixo para fora de sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, Rio Grande do Sul - Foto: Anselmo Cunha/AFP

O surgimento de casos e pelo menos cinco mortes por leptospirose, doença bacteriana geralmente transmitida por ratos, preocupam as autoridades após as enchentes sem precedentes que atingiram o Rio Grande do Sul e contaminaram as águas da região.

De acordo com os últimos números da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, até esta terça-feira (28) haviam sido confirmadas cinco mortes por leptospirose e outras nove são suspeitas.

No total, as autoridades locais registram 124 casos e outros 922 estão em análise.
 

As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul desde o início do mês transformaram áreas inteiras em imensas lagoas com um cheiro por vezes nauseante, expondo moradores, socorristas e voluntários.

O último balanço oficial da catástrofe aponta 169 mortos e 53 pessoas ainda desaparecidas, sem contar as vítimas da leptospirose. Esta doença é contraída após exposição à urina de animais infectados, principalmente roedores. A bactéria pode entrar no corpo através da pele, das membranas mucosas ou ao se ingerir água.

Os sintomas, que podem aparecer em dois dias ou em até quatro semanas, apresentam algumas semelhanças com os da gripe, como febre, calafrios e até vômitos.

Autoridades locais analisaram em laboratório amostras de sangue ou saliva de casos suspeitos e lançaram uma extensa campanha de prevenção nas redes sociais.

"Mexeu na lama, andou na água da enchente e teve sintomas de leptospirose? Procure um atendimento de saúde, pois há tratamento e temos medicações suficientes", diz Arita Bergmann, secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, em vídeo postado no Instagram.

"O tratamento não pode esperar, não fique em casa achando que vai passar, pois isso pode se transformar em uma doença grave”, insiste na mensagem.

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