Aumentar entregas de gás para Europa requer novos contratos, diz Rússia
As críticas têm sido abundantes contra a Rússia pelo aumento desproporcional dos preços.
Para aumentar o fornecimento de gás russo para a Europa, Moscou avalia que são necessários novos contratos - declarou o ministro russo da Energia, Nikolai Shulginov, nesta quarta-feira (13), em meio à crise do preço do gás.
"Se houver demandas (suplementares de gás), isso poderá ser feito unicamente mediante novas obrigações contratuais", disse o ministro à rede Rossia24, ao descrever seu país como um "fornecedor confiável".
As críticas têm sido abundantes contra a Rússia, país que fornece um terço das necessidades de gás da Europa, pelo aumento desproporcional dos preços.
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Os críticos alegam que Moscou não aumenta o fornecimento de gás para pressionar a Europa a assinar contratos de longo prazo e obter a rápida implementação de seu polêmico gasoduto Nord Stream 2.
Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, a Europa não assinou suficientes contratos de entrega de gás de longo prazo com Moscou, e optou pelo mercado spot, formado por ativos financeiros negociados para entrega imediata, cujos preços estão em alta.
As reservas de gás estão quase esgotadas na Europa, em uma época em que a energia eólica produz menos eletricidade por razões meteorológicas.
Os Estados Unidos sofrem do mesmo problema, e a energia hídrica é insuficiente para compensar este quadro.