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EUA

Aumentos salariais de Biden poderiam ter efeitos contrastantes, aponta estudo

Biden defende esses aumentos como parte de seu plano econômico, argumentando que os benefícios superarão os custos

Presidente do Estados Unidos, Joe BidenPresidente do Estados Unidos, Joe Biden - Foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Ima

O aumento do salário mínimo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, eliminaria 1,4 milhão de empregos, mas tiraria 900.000 pessoas da pobreza, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (8).

A iniciativa também aumentaria os salários de outros 27 milhões de trabalhadores, de acordo com um relatório do Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO), que mostrou que o aumento geral na receita excederá o que é perdido com cortes projetados de empregos.

O relatório é um quadro misto dos benefícios do plano de aumentar gradualmente o piso salarial para 15 dólares por hora até 2025, dos atuais 7,25 dólares.

Biden defende esses aumentos como parte de seu plano econômico, argumentando que os benefícios superarão os custos.

O salário mínimo por hora foi aumentado pela última vez em 2009, embora alguns estados tenham aumentado por conta própria.

Os defensores do plano Biden dizem que é um fator-chave no combate à desigualdade; especialmente em comunidades não brancas que sofrem mais com os danos da pandemia da covid-19.

No entanto, há vozes que argumentam que os aumentos prejudicarão as pequenas empresas.

Biden admitiu à emissora CBS na semana passada que o salário mínimo de 15 dólares provavelmente não seria incluído no pacote de apoio financeiro de 1,9 trilhão de dólares, mas disse que está comprometido com a meta.

O relatório prevê que salários mais altos farão com que os empregadores repassem os custos para os consumidores; o que, por sua vez, levaria à redução do consumo e à perda de empregos. Também alerta que muitas empresas poderiam se voltar para a automação de seus serviços.

No entanto, sugere-se que aumentar os salários das famílias de baixa renda pode aumentar o consumo dos trabalhadores com salários mais baixos, o que poderia "reduzir a queda do emprego por vários anos" até que os efeitos desses salários mais altos sejam sentidos.

O estudo estima que a remuneração líquida aumentará para 333 bilhões de dólares até 2031, com um aumento de 509 bilhões nos salários. Essa quantia é maior do que os 175 bilhões que serão perdidos com cortes de empregos.

O assunto gerou amplo debate entre os economistas e há pouco consenso sobre o impacto que o aumento do salário mínimo terá.

O centro de estudos progressista Economic Policy Institute afirmou nesta segunda-feira que o relatório da CBO está "equivocado" e que outras análises mostraram que não haverá efeitos negativos.

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