Autoridades do Hamas em Gaza dizem que Israel matou 20 pessoas que aguardavam ajuda humanitária
A Jihad Islâmica afirmou que projéteis de artilharia e mísseis foram utilizados no ataque
O Ministério da Saúde de Gaza, um território palestino governado pelo Hamas, disse que as forças israelenses mataram 20 pessoas que esperavam por ajuda humanitária nos arredores da Cidade de Gaza nesta quinta-feira (25).
"A ocupação israelense cometeu um novo massacre contra milhares de bocas famintas que esperavam por ajuda humanitária na rotatória do Kuwait, em Gaza", deixando "20 mártires e 150 feridos", disse o porta-voz do ministério, Ashraf al Qudra.
Em um comunicado, o Hamas classificou o ataque como um "horrível crime de guerra".
"As forças sionistas bombardearam deliberada e diretamente cidadãos que esperavam receber ajuda", denunciou o grupo islamista, que governa Gaza desde 2007.
A Jihad Islâmica, outro movimento armado palestino, afirmou que "projéteis de artilharia e mísseis" foram usados no ataque.
A AFP não conseguiu verificar esta afirmação de forma independente, e os militares israelenses não responderam de imediato às perguntas da agência.
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O ataque ocorre um dia depois de tanques israelenses dispararem contra um centro de acolhida da ONU para deslocados em Khan Yunis, no sul de Gaza.
Os disparos mataram 12 pessoas nesta cidade, atual epicentro dos combates.
Khan Yunis, cidade natal do líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, tem sido alvo de bombardeios contínuos desde quinta-feira, conforme um jornalista da AFP.
O conflito entre o Hamas e Israel eclodiu em 7 de outubro com a incursão de comandos islamistas que mataram cerca de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Cerca de 250 pessoas também foram sequestradas e levadas para Gaza. Segundo uma contagem, 132 permanecem em cativeiro. Deste total, 28 teriam morrido.
A ofensiva lançada por Israel com o objetivo de "aniquilar" o Hamas deixou até agora cerca de 25.700 mortos em Gaza, a maioria mulheres, crianças e menores, segundo o Hamas.