Autoridades mexicanas identificaram ossadas de nove migrantes desaparecidos na fronteira com EUA
Três migrantes continuam desaparecidos
As autoridades do estado mexicano de Chihuahua (norte) confirmaram a identidade de nove dos 10 migrantes sem documentos cujos ossadas foram encontrados no final de agosto em uma área deserta na fronteira com os Estados Unidos, informou o Ministério Público estadual.
“Conseguimos a identidade genética de nove pessoas das 10 que, segundo o previsto, foram localizadas no prédio conhecido como ‘El Mimbre’, no município de Coyame”, explicou o MP em um comunicado.
Os peritos do MP “ainda aguardam os resultados que confirmam a última identidade”, acrescenta a nota.
Funcionários do Ministério Público de Chihuahua se reuniram com os pais dos migrantes desparecidos para informá-los sobre o processo de identificação, enquanto prosseguem os trabalhos para entregar os corpos às famílias.
A esposa de um dos migrantes, que pediu para não ser identificada por questões de segurança, disse à AFP que o marido partiu em setembro de 2021 em direção aos Estados Unidos, guiado por traficantes de seres humanos, em uma viagem que dura sete horas de carro e três dias a pé através do deserto entre Chihuahua e Texas.
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Outros parentes afirmaram que o grupo era integrado por 14 homens, todos mexicanos, que saíram do município de Coyame, mas foram interceptados pouco depois por um grupo armado, segundo relato de um dos migrantes que foi libertado por ser menor de idade e que é testemunha sob proteção do estado de Chihuahua.
Três migrantes continuam desaparecidos.
Chihuahua e outros estados fronteiriços com os Estados Unidos são uma passagem obrigatória para milhares de migrantes mexicanos e de outros países que tentam chegar à maior potência do mundo, arriscando a vida nas mãos de traficantes de seres humanos que geralmente atuam em conluio com os violentos cartéis do narcotráfico.