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Guerra na Ucrânia

Autoridades ucranianas confirmam queda de Kherson para tropas russas

Cidade portuária, localizada no sul do país, tem 290.000 habitantes

Tropas russas avançam pela UcrâniaTropas russas avançam pela Ucrânia - Foto: SATELLITE IMAGE 2022 MAXAR TECHNOLOGIES / AFP

Autoridades ucranianas confirmaram na noite desta quarta-feira (2) a captura pelo exército russo de Kherson, uma cidade portuária de 290.000 habitantes no sul do país.

"Os invasores estão em todas as partes da cidade e são muito perigosos", declarou o chefe da administração regional, Guennady Lakhuta, no Telegram.

Pela manhã, Moscou havia anunciado seu controle sobre esta cidade na costa do mar Negro, no que representa a maior vitória das tropas russas desde o início da invasão, há sete dias.

O prefeito de Kherson, Igor Kolykhayev, afirmou ter conversado com os "convidados armados" em um edifício da administração municipal. "Não tínhamos armas e não fomos agressivos. Mostramos que trabalhamos para garantir a cidade e tentamos parar as consequências da invasão", declarou em mensagem no Facebook.

"Encontramos enormes dificuldades com a recolha e enterro dos mortos, a entrega de alimentos e medicamentos, a recolha de resíduos, a gestão de acidentes, etc", afirmou.

O prefeito anunciou um toque de recolher noturno e restrição ao tráfego de carros, alegando não ter "feito nenhuma promessa" aos russos e "simplesmente lhes pedido que não atirassem nas pessoas".

"Até agora tudo está indo bem. A bandeira que voa acima de nós é a ucraniana. E para que isso continue, essas exigências devem ser respeitadas", acrescentou.

O exército russo anunciou ao amanhecer que havia capturado Kherson, localizada a cem quilômetros da península da Crimeia que Moscou anexou em 2014.

As tropas invasoras já tomaram outro importante porto do país, Berdyansk, e estão atacando Mariupol, cujo prefeito, Vadim Boichenko, assegurou que as forças ucranianas "repeliram dignamente" os ataques.

"Hoje foi o dia mais difícil e cruel dos sete dias de guerra. Hoje, eles simplesmente queriam nos destruir", denunciou em um vídeo no Telegram, acusando os russos de terem "disparado contra prédios residenciais".

"Infelizmente, infra-estruturas essenciais foram novamente danificadas. Estamos novamente sem eletricidade, sem água, sem aquecimento", disse.

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