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"Avalanche de lava" de vulcão na Islândia teve fluxo recorde; imagens impressionam

Imagens mostram fluxos de lava vermelha e uma nuvem de fumaça emergindo de uma fissura

Vulcão Reykjanes, na Islândia, tem terceira erupção desde dezembro Vulcão Reykjanes, na Islândia, tem terceira erupção desde dezembro  - Foto: Icelandic Coast Guard

O rio de magma que brotou de uma fissura perto da cidade islandesa de Grindavik teve um fluxo recorde, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (8) na revista "Science". Os autores registraram o marco em novembro, mas advertiram que a atividade sísmica associada não diminuiu, como mostrou uma quarta erupção registrada essa semana nessa região da península de Reykjanes, sudoeste da Islândia.

Imagens da nova erupção mostram fluxos de lava vermelha expelindo lava até 80 metros no ar e uma nuvem de fumaça emergindo de uma fissura no solo. A atividade registrada desde 2021 evidencia o despertar, após 800 anos, de uma extensa falha, que permitiu que o magma fluísse para cima, segundo os vulcanólogos.

Em 10 de novembro, um fluxo de magma formou uma fissura, chamada "dique", com 15 km de extensão e quatro de profundidade, com apenas alguns metros de largura. O magma fluiu a uma vazão de 7.400 metros cúbicos por segundo, "um ritmo nunca antes registrado", segundo Freysteinn Sigmudsson, pesquisador do Centro de Vulcanologia nórdica da Universidade da Islândia e principal autor do estudo.

Essa vazão se aproxima da de grandes rios, como o Danúbio, na Europa, ou o Yukon, no Alasca, e é um indício de que "a atividade está acelerando", acrescentou.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Desde 18 de dezembro, essa região, próxima do círculo polar ártico e atualmente mergulhada em uma noite quase constante, registrou três erupções. A erupção desta quinta-feira ocorreu 5 km ao norte de Grindavik, informou Hjördus Gudmundsdóttir, porta-voz da defesa civil. A cidade portuária, de 4.000 habitantes, já havia sido evacuada preventivamente em 11 de novembro.

"Às 5h30, um pequeno terremoto começou a se intensificar a nordeste de Sýlingarfell. Quase 30 minutos depois, uma erupção começou na mesma área", informou a Agência Meteorológica Islandesa (IMO). "Segundo os primeiros relatos procedentes do voo de vigilância da Guarda Costeira, a erupção aconteceu na mesma área que a de 18 de dezembro. A fissura tem quase três quilômetros de comprimento", afirmou a agência.

Kristin Jonsdottir, sismóloga da IMO entrevistada pela rádio pública islandesa (Ruv), afirmou que a região onde ocorreu a erupção é favorável e não há infraestrutura ameaçada. "A situação está sob controle, não há perigo", assegurou a porta-voz da defesa civil.

Com 33 sistemas ativos, a Islândia é a região de maior atividade vulcânica da Europa.

É a sexta erupção vulcânica em dois anos neste país insular nórdico. A última ocorreu em 14 de janeiro perto de Grindavik, um pequeno município de 4 mil habitantes que foi evacuado em novembro por precaução. Com 32 sistemas ativos, este país de fogo e gelo é a área mais vulcânica da Europa.

 

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