AVC provocará 10 milhões de mortes ao ano em 2050, diz estudo global; saiba as causas
Segundo especialistas, a maioria das vítimas estará em países com renda baixa e média, grupo que inclui o Brasil
O número de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) no mundo pode aumentar em até 50% e chegar a 10 milhões de casos até 2050, alerta um estudo feito pela Organização Mundial do AVC e publicado nesta segunda-feira (9) no periódico científico Lancet Neurology. Segundo os especialistas, ações de monitoramento e prevenção precisam ser articuladas com urgência para evitar os números alarmantes.
A estimativa prevê que o número de vítimas da condição passará dos 6,6 milhões registrados em 2020 para 9,7 milhões em 2050, e o maior número de casos será observado em países com renda baixa e média, grupo do qual o Brasil faz parte.
Segundo o estudo, entre os principais motivos para o crescimento estão o aumento da expectativa de vida e consequentemente o risco associado ao envelhecimento, um estilo de vida nada saudável, o que aumenta o risco de incidência do AVC, além do alto número de casos de hipertensão arterial não diagnosticada ou não controlada, dificuldade de acesso a serviços de saúde de qualidade, investimentos insuficientes em prevenção dos fatores de risco e poluição do ar.
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A alta prevalência de doenças infecciosas agudas também foi lembrada nos países de renda baixa e média, além da sobrecarga no sistema de saúde que não consegue dar conta de atender os pacientes com as enfermidades.
Principais fatores de risco para o AVC
Pressão alta
Diabetes
Colesterol alto
Obesidade
Alimentação não saudável
Sedentarismo
Tabagismo
O estudo afirma que uma das principais formas de reduzir o risco da doença é fazer exames de prevenção como check-up, ter um estilo de vida saudável, com exercícios físicos regulares e uma boa alimentação. Além do controle da pressão arterial e diabetes.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde disponíveis no portal Datasus, o número de mortes por AVC chegou a 106,9 mil no ano passado, aumento de 6% em relação aos 100,2 mil óbitos registrados dez anos antes, em 2012.