Avenida fica submersa em Florianópolis após chuvas e rompimento de lagoa artificial
Casas e automóveis na Avenida das Rendeiras ficaram embaixo da água devido ao rompimento
O rompimento de uma estrutura da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) em Florianópolis deixou uma avenida submersa na manhã desta segunda-feira (25), na Lagoa da Conceição, um dos principais pontos turísticos da capital catarinense.
Casas e automóveis na Avenida das Rendeiras ficaram embaixo da água devido ao rompimento. Segundo a Casan, a estrutura que se rompeu foi a de uma lagoa artificial que recebe efluente tratado da Estação de Esgotos da região.
De acordo com o órgão, o rompimento ocorreu por causa das fortes chuvas dos últimos dias em Santa Catarina. Uma mãe e sua filha morreram no último domingo (24) devido a um desabamento em decorrência da chuva.
"Florianópolis sofreu muito nos últimos dias por causa das chuvas. A nossa lagoa [artificial de tratamento] acabou também recebendo essa chuva, e bastante água subiu nas ruas. Nossa lagoa acabou recebendo mais efluente que o normal, e essa água, então, pegou seu caminho natural, que é até a Lagoa da Conceição", explica Roberta Maas dos Anjos, engenheira ambiental e presidente da Casan.
De acordo com o órgão, técnicos e assistentes sociais estão trabalhando para apurar os danos para recuperá-los e ressarcir os moradores.
A prefeitura de Florianópolis tem publicado alertas em redes sociais para que os moradores não circulem em locais em que o solo esteja instável ou áreas alagadas.
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"Reforçamos apenas o pedido para que as pessoas não fiquem em áreas de risco, não transitem em locais alagados e se antecipem para evitar tragédias. Ainda pedimos para aquelas que estão em segurança que fiquem em suas casas", disse comandante-geral dos Bombeiros, coronel Charles Alexandre Vieira, em nota.
No domingo, o prefeito da capital catarinense, Gean Loureiro (DEM), pediu às pessoas que "ao sinal de qualquer perigo" que abandonem as suas residências. "Temos abrigo e hotel", garantiu o prefeito.
Um abrigo provisório, para atender pelo menos 50 pessoas, foi montado na Passarela do Samba. De acordo com a prefeitura, 250 profissionais fazem a limpeza das ruas, desentupimentos e outras ações pela cidade. A expectativa é que a chuva siga até terça-feira (26).