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SELEÇÃO

Bailarinos de escola recifense de balé são aprovados na primeira fase do Teatro Bolshoi

A próxima etapa da seleção acontecerá nos dias 18 e 19 de março

Alice, Ângelo e Heloá foram aprovados na primeira etapa da seleçãoAlice, Ângelo e Heloá foram aprovados na primeira etapa da seleção - Foto: Cortesia

Três bailarinos de uma escola de balé recifense foram aprovados na primeira fase seletiva da Escola do Teatro Bolshoi. A única filial do teatro de Moscou no Brasil, localizada em Joinville, Santa Catarina, abre turmas anualmente para alunos de vários estados e até de outros países. A próxima fase da seleção dos candidatos nascidos entre 2009 a 2011 acontecerá nos dias 18 e 19 de março.

Ângelo Nunes, de 10 anos, foi uma das crianças aprovadas na seleção. Ele começou a ter aulas de balé aos 6 anos, porque preferia dançar a praticar lutas, como judô. "Eu senti que o judô não tava me deixando com tanta empolgação, como eu fico agora quando eu faço balé. Toda vez eu me machucava, e eu não gostava muito. Então eu falei pra minha mãe que eu queria dançar balé", relata.

Ao saber que uma escola pernambucana de balé teve um dos seus alunos aprovados no Bolshoi brasileiro, Ângelo pediu para mudar de escola e ter aulas no Sandra Pernambuco Ballet. O espaço tem aulas preparatórias para a seleção do Teatro Bolshoi.

Ângelo relata que ficou nervoso com sua primeira seleção. "Fiquei com um pouquinho de medo. Eu fiquei sabendo que ia ser por vídeo e tive medo de o pessoal pegar o vídeo e fazer montagem. Mas, quando saiu o resultado, eu fiquei bem mais emocionado", conta o menino de 10 anos. Além dele, também foram aprovadas Heloá e Alice, com quem ele fez aulas.

Devido à pandemia do novo coronavírus, o processo seletivo do Bolshoi foi dividido em duas etapas. A primeira consistia no envio de um vídeo do bailarino dançando. Já a segunda acontecerá de forma presencial, nos dias 18 e 19 de março.

As aulas de balé também precisaram ser adaptadas para evitar o contágio. Inicialmente, aconteceram no formato online. Depois, passaram a ser presenciais, adotando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), como o uso de máscara. 

O bailarino mirim afirma que pretende seguir carreira na área: "Quero continuar fazendo balé, ser um professor de balé. Conhecer o mundo lá fora, ir pra Rússia, ir pra vários lugares que envolvam balé".

Caso Ângelo seja aprovado, a mãe dele, Clara Nunes, diz que a família vai abraçar o seu sonho e se mudar para Joinville, onde funciona a instituição. "Vai ser uma mudança bem radical e sem muito tempo para pensar. Se ele passar na próxima etapa, vamos ter que ir em abril", conta.

"Eu e o pai dele já estamos procurando moradia por lá. Quando for acontecer a mudança, o pai dele não vai, por causa do trabalho", acrescenta Clara. A família de Ângelo está se organizando e pretende, futuramente, otimizar o planejamento, já que seria uma mudança repentina na vida deles. Além dos pais, o bailarino mirim mora com a irmã.

Sandra Pernambuco, professora e diretora do espaço onde Ângelo teve aulas de balé, dá aulas na área há 27 anos. Foi só a partir de 2019 que ela decidiu dar aulas preparatórias para a seleção da Escola do Teatro Bolshoi. 

No ano em que Sandra iniciou as aulas preparatórias, um dos seus alunos, Davi, começou a jornada para ingressar no Bolshoi. O bailarino mirim realizou a seleção em 2020 e foi o único pernambucano aprovado na instituição. A aprovação chamou a atenção de crianças que têm interesse em investir em uma carreira no balé, como é o caso de Ângelo.

O curso preparatório presencial teve início apenas no final de 2020 devido à pandemia do novo coronavírus. Entretanto, as aulas do espaço não se restringem à preparação para o Bolshoi. Os alunos que têm aulas preparatórias também praticam com os demais nas turmas tradicionais. 

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