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Baleias-jubarte são vistas no mar de Niterói, no RJ; veja fotos

Temporada de passagem, rumo ao Banco dos Abrolhos, no sul da Bahia, para reprodução teve início neste mês

Uma baleia jubarte salta na costa de Niterói, estado do Rio de JaneiroUma baleia jubarte salta na costa de Niterói, estado do Rio de Janeiro - Foto: Mauro Pimentel / AFP

Visitantes de peso foram fotografados na manhã desta quinta-feira no mar de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Baleias-jubarte movimentam as águas desde o início da temporada, oficialmente no começo deste mês.

Vindas da gelada Antártica, o litoral brasileiro tem as águas quentes como atrativo e no Banco dos Abrolhos, no sul da Bahia, no Nordeste do país, a principal área de reprodução da espécie.
 

Uma baleia jubarte salta na costa de NiteróiUma baleia jubarte salta na costa de Niterói | Mauro Pimentel / AFP

Confortável nas águas niteroienses, teve jubarte aproveitando para saltar, movimento mais corriqueiro entre os indivíduos jovens. A passagem desses animais por águas fluminenses deve se prolongar até agosto.

Até lá, o número de avistamentos tende a crescer ainda mais, com pico em julho, reflexo direto do aumento da população das jubartes, num esforço de conservação desde 1986, quando foi proibida a caça comercial de baleias pela Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês).
 

No ano seguinte, a lei federal nº 7643 proibiu a pesca e qualquer forma de molestamento intencional de cetáceos em águas jurisdicionais brasileiras. Especialistas estimam que a espécie, que já esteve na lista de animais em risco de extinção, hoje, conta com cerca de 35 mil indivíduos.

O Banco dos Abrolhos é uma região atrativa para as jubartes por conta das águas mais quentes, atraindo não só os indivíduos que buscam se reproduzir, explica a bióloga marinha Liliane Lodi. De acordo com a faixa etária, há diferentes expectativas sobre o ponto de chegada.

— No Rio a gente está começando agora a ver filhotes, com o primeiro registro pelo Ilhas do Rio em 2022. As fêmeas que estão grávidas vêm para ter os bebês em águas mais quentes, e as que não estão, vêm para se reproduzir. E todos os machos vêm. Já os juvenis acompanham porque não podem ficar nas águas geladas na Antártica. Os bebês têm que vir porque ainda não há a capa de gordura que vão ganhando ao longo da amamentação. Quando é verão na Antártica, eles voltam porque é onde estão as áreas de alimentação — contou Liliane em entrevista ao Globo.

Exposição de gigantes
Desde o dia 5, o Projeto Baleia Jubarte está com a exposição fotográfica #BaleiasCariocas no AquaRio, no Centro do Rio, que reúne registros feitos a bordo da expedição de mesmo nome. A exposição fica no AquaRio até 1º julho.

Em seguida, passa para o Parque Bondinho Pão de Açúcar, a partir de 3 de julho, onde fica até o fim da temporada. No mesmo endereço vai funcionar, em caráter experimental, um ponto de observação fixo, aberto ao público, com previsão de funcionar antes do fim deste mês.

Também numa ação do Projeto Baleia Jubarte, vai contar com especialistas para atender os visitantes e tirar as dúvidas sobre esses animais. Esse ponto ainda funcionará como uma base de monitoramento para o grupo, para trabalho de pesquisa, com análise de deslocamento e visão aérea.

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