Bancada evangélica pede suspensão do comprovante de vacinação ou teste para igrejas em Pernambuco
Grupo protocolou solicitação para que o trecho do decreto seja temporariamente suspenso
Deputados estaduais integrantes da bancada evangélica da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) solicitaram ao Governo do Estado a suspensão de decreto que exige vacinação ou teste de Covid-19 para entrada em missas, cultos e demais celebrações religiosas com 300 pessoas ou mais no Estado.
Em reunião, nessa terça-feira (28), com o secretário executivo da Casa Civil do Estado, Eduardo Figueiredo, e com o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Paulo Augusto de Freitas Oliveira, o grupo protocolou solicitação para que o trecho do decreto seja temporariamente suspenso.
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De acordo com representantes da bancada evangélica, o objetivo do pedido é promover um ampla discussão entre as Secretarias Estaduais de Desenvolvimento Econômico e de Saúde e as lideranças religiosas para a promoção de uma retomada com segurança e em sintonia com as necessidades das comunidades.
Em vigor desde segunda-feira (27), o decreto assinado pelo governador Paulo Câmara prevê que igrejas e templos devem exigir comprovante de vacinação completa ou teste negativo para o acesso de fiéis em celebrações a partir de 300 pessoas.
Os templos podem funcionar todos os dias da semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados, das 5h à 1h. A capacidade máxima pode chegar a 2,5 mil presentes, segundo o Governo do Estado.
A regulamentação deixou parte da comunidade evangélica insatisfeita.
Para a deputada Dulci Amorim (PT), essa pausa é importante. “O que nossa bancada quer é apenas garantir uma discussão mais ampla, para que as comunidades religiosas consigam cumprir as medidas sanitárias e evitar uma nova onda da Covid-19”, disse a parlamentar.
Segundo a deputada, as atividades religiosas vêm cumprindo os protocolos, como a exigência do uso de álcool em gel, máscara e distanciamento físico.
"Sabemos que a vacina é sim indispensável, mas não podemos, por exemplo, exigir a realização de testes de Covid-19, que vai acabar pesando no bolso dos pernambucanos. Vivemos uma crise econômica grave. Então, para maioria das pessoas é impossível pagar, toda semana, para fazer um exame para ter o direito de exercer sua fé", completou Dulci.