Logo Folha de Pernambuco

vírus

Bangladesh vive sua pior epidemia de dengue com mais de mil mortos este ano

OMS deseja especialistas para o país e ajuda as autoridades a reforçar a vigilância, aumentar a capacidade laboratorial e melhorar a comunicação com as comunidades afetadas

Homens recebem tratamento porque sofrem de dengueHomens recebem tratamento porque sofrem de dengue - Foto: Munir Uz Zaman/AFP

Mais de mil pessoas morreram de dengue em Bangladesh desde o início do ano, dados oficiais, a pior epidemia desta doença na história do país.

O Ministério da Saúde do oitavo país mais populoso do mundo informou que 1.006 pessoas morreram em 2023, entre 200 mil casos confirmados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deseja especialistas para o país e ajuda as autoridades a reforçar a vigilância, aumentar a capacidade laboratorial e melhorar a comunicação com as comunidades afetadas.

O ex-diretor dos Serviços de Saúde de Bangladesh Be-Nazir Ahmed afirmou que o número de mortes é superior a todos os anos anteriores combinados desde 2000.

“Trata-se de um acontecimento sanitário de grande magnitude, tanto em Bangladesh quanto no mundo”, declarou à AFP.

Bangladesh registra casos de dengue desde a década de 1960, mas em 2000 sofreu sua primeira epidemia de dengue hemorrágica.

A dengue é uma doença endêmica em áreas tropicais que causa febre alta, vômito, náusea, dor de cabeça e, em casos mais graves, hemorragias que podem levar à morte.

Entre os que morreram este ano estão 112 crianças com menos de 15 anos, segundos dados oficiais. O número total de mortes supera em muito o recorde de 2022, de 281 óbitos.

Segundo o diretor de alerta e resposta da OMS, Abdi Mahamud, uma combinação de fatores, como a mudança climática e as características do El Niño, contribuiu para o aparecimento de graves epidemias de dengue em regiões do mundo como Bangladesh, América do Sul e países da África Subsaariana.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter