Bar e restaurante fechar às 20h é convite para festas clandestinas, diz associação
O governo de São Paulo, sob gestão João Doria (PSDB), anunciou que todas as cidades do estado estarão sob um 'toque de restrição'
O presidente da Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), Percival Maricato, diz que o toque de recolher das 23h às 5h "não muda praticamente nada" para o setor e que o fechamento de bares às 20h, como atualmente é obrigatório, é um "convite à organização de festas clandestinas que o governo jamais vai conseguir combater".
O governo de São Paulo, sob gestão João Doria (PSDB), anunciou que todas as cidades do estado estarão sob um "toque de restrição" que começa a valer na próxima sexta (26) e vale até 14 de março, buscando coibir aglomerações das 23h às 5h. Entre os focos da medida está evitar a aglomeração de pessoas em bares e festas irregulares.
"Bar fechando às 20h é ridículo. É a hora que o pessoal começa a chegar. Achamos que, pelo menos dentro dessa fase mais ativa [da epidemia de Covid-19], deveria fechar até as 22h com mais uma hora para fechar conta, terminar um prato, sair com tranquilidade. E com mesas na calçada", afirma Percival, que também cobra o aumento para 60% de ocupação máxima dos estabelecimentos.
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"Continuamos achando que estamos sendo injustiçados", segue o empresário. "Insistimos que restaurantes e bares não provocam pandemia quando obedecem regras, com mesas distantes, garçons paramentados e toda aquela velha discussão. Tirando esse aspecto, a gente apoia sim restrição à aglomeração. Inclusive essa restrição de circulação em horário noturno é razoável."