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STF

Barroso nega apelo da bancada evangélica para adiar julgamento da descriminalização das drogas

Em reunião com líderes religiosos, presidente do Senado afirmou que pauta ficaria esvaziada e garantiu que a Corte não decidirá sobre a liberação dos entorpecentes

Luís Roberto Barroso, ministro do STFLuís Roberto Barroso, ministro do STF - Foto: Fellipe Sampaio/STF

Um dia antes do julgamento da descriminalização das drogas retornar ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Corte, o ministro Luís Roberto Barroso, se reuniu com lideranças da bancada evangélica do Congresso Nacional.

Na noite desta terça-feira (5), os deputados e senadores solicitaram que o julgamento fosse adiado, mas tiveram o pedido negado por parte do ministro.

A justificativa de Barroso foi a de que o movimento esvaziaria a pauta da Corte. Apesar da negativa, o ministro tentou acalmar os congressistas ao afirmar que a Corte não irá liberar as drogas, mas decidir a quantidade de entorpecente que pode ser considerado tráfico ou consumo pessoal.

 

"Não vamos liberar a maconha. Eu sou contra as drogas e sei que é uma coisa ruim e é papel do Estado combater o uso de drogas ilegais e tratar o usuário", afirmou Barroso.

O ministro complemebtou afirmando que "Se um garoto branco, rico e da Zona Sul do Rio é pego com 25g de maconha ele é classificado como usuário e é liberado. No entanto, se a mesma quantidade é encontrada com um garoto preto, pobre e da periferia ele é classificado como traficante e é preso. Isso que temos que combater e o que será julgado no Supremo".

A bancada evangélica procurou o ministro sob o argumento de que o debate em torno das drogas ainda não está maduro o suficiente para que a ação seja julgada nesta quarta-feira (6).

Os parlamentares afirmam que "o porte de pequena quantidade" irá terminar criando o "traficante de pequena quantidade".

"Ponderamos sobre os males que poderíamos ter nesta certa liberação. Entendemos que o assunto não está maduro, carece de mais debate", diz o presidente da bancada evangélica, o deputado federal Eli Borges (PL-TO)

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