Bebê é resgatado do ventre de palestina grávida que morreu após bombardeio em Gaza
Médicos não conseguiram salvar a mãe, mas realizaram um ultrassom que detectou os danos cardíacos do bebê
Um hospital na Faixa de Gaza anunciou neste sábado (20) que salvou um bebê do ventre de sua mãe depois que ela morreu pelos ferimentos causados por um bombardeio israelense.
Ola Adnan Harb al Kurd estava grávida de nove meses e está entre as mais de 24 vítimas deixadas pelos bombardeios na madrugada de sábado, segundo os serviços de resgate.
A mulher ficou gravemente ferida no acampamento de Nuseirat, no centro do território palestino, segundo um funcionário do hospital Al Awda.
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Mas quando chegou ao hospital estava "quase morto", disse o cirurgião Akram Hussein.
Os médicos não conseguiram salvar a mãe, mas realizaram um ultrassom que detectou os danos cardíacos do bebê. Fizeram uma cesariana de emergência “e retiraram o feto”, explicou o pedido à AFP.
O recém-nascido estava inicialmente em estado crítico, mas depois de receber oxigênio e cuidados médicos foi estabilizado, explicou Raed al Saudi, chefe do departamento de obstetrícia e ginecologia do hospital.
O bebê foi transferido em uma incubadora para o hospital Al Aqsa, em Deir el Balah, também no centro da Faixa de Gaza.
Além de Curdo, os bombardeios israelenses mataram duas mulheres e uma criança no acampamento de Nuseirat, segundo um médico do hospital Al Awda. O marido de Kurd também foi ferido no ataque.
Israel não confirmou ataques individuais, mas um comunicado militar afirmou que as tropas estavam "conduzindo bombardeios direcionados a infraestruturas terroristas" no centro de Gaza.
O conflito entre Israel e o Hamas em Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islâmicos mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem baseada em dados oficiais israelenses.
O Ministério da Saúde do governo do Hamas na Faixa de Gaza anunciou neste sábado que 38.919 pessoas morreram neste território palestino desde o início da guerra.