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genética

Bebe muito café? Motivo pode estar nos seus genes (e nos dos seus pais); entenda

Cientistas descobriram que algumas variantes genéticas herdadas pelos pais influenciam a quantidade de bebida que os filhos consumirão

O gosto pelo café pode estar relacionado com o nosso geneO gosto pelo café pode estar relacionado com o nosso gene - Foto: Pixabay

Pesquisadores da Escola de Medicina e Odontologia Schulich e da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD) afirmam que o gosto pelo café, uma das bebidas mais consumidas no mundo, com milhares de amantes, pode estar relacionado com o nosso gene.

Para a pesquisa, eles montaram um estudo de associação genômica ampla (GWAS) que usam grandes volumes de dados genéticos para ajudar os pesquisadores a identificarem variantes genéticas, genes e biologia associados a uma doença específica ou a certas características de saúde.

Os investigadores compararam as características genéticas do consumo de café de uma base de dados chamada 23andMe nos EUA com um conjunto ainda maior de registos no Reino Unido.

“Utilizámos estes dados para identificar regiões do genoma associadas à probabilidade de alguém consumir café, e depois identificar os genes e a biologia que poderiam estar subjacentes à ingestão de café”, disse Hayley Thorpe, principal investigadora do estudo e pesquisadora de pós-doutorado na Schulich Medicine & Dentistry da Western.

Eles descobriram que algumas variantes genéticas herdadas pelos pais influenciam a quantidade de café que os filhos consumirão.

O estudo teve a participação de 130 mil participantes da pesquisa 23andMe baseados nos EUA e foi comparado com um banco de dados semelhante do Biobank do Reino Unido de 334 mil residentes do Reino Unido.

A comparação também revelou associações genéticas positivas entre o café e resultados prejudiciais à saúde, como obesidade e uso de substâncias, em ambas as populações. “Isso não quer dizer que quem bebe café vai usar substâncias ou desenvolver obesidade, mas que há uma predisposição genética para isso”, revela Thorpe.

Quanto a genética da ansiedade, transtorno bipolar e depressão, no conjunto americano, segundo os cientistas, eles tendem a estar positivamente correlacionados com a genética da ingestão de café. Entretanto, quando compara com o banco de dados do Reino Unido, o padrão é o oposto.

“Essas divergências podem ser por vários motivos, como uma compensação entre a ingestão de chá e café que difere entre as pessoas nos EUA e no Reino Unido”, disse Thorpe.

A equipe afirma que, apesar dos resultados satisfatórios, é necessário mais trabalho para compreender a relação entre o café e os problemas de saúde em ambientes únicos.

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