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Bebê passa por cirurgia de urgência na Nova Zelândia após decisão judicial contra pais antivacina

Responsáveis pelo menino de seis meses queriam impedir cirurgia cardíaca do filho para que não houvesse contato dele com sangue de doador vacinado

Bebê (Imagem Ilustrativa)Bebê (Imagem Ilustrativa) - Foto: Unsplash

Um bebê conseguiu passar pela cirurgia cardíaca de urgência de que precisava devido a uma condição congênita após um tribunal na Nova Zelândia tirar temporariamente a tutela de seus pais antivacina. O casal queria impedir o procedimento para que o filho não entrasse em contato com o sangue de algum doador vacinado. Conforme informou a emissora RNZ nesta sexta-feira (9), a operação ocorreu no hospital Starship de Auckland, onde o menino se recupera bem.

O Tribunal Superior de Auckland ordenou nesta quarta-feira que a criança, identificada apenas como "Bebê W", fosse colocada sob tutela parcial, o que permitiu a cirurgia urgente para corrigir sua estenose pulmonar valvar.

A operação havia sido adiada porque os pais não aceitavam a possibilidade de ter uma transfusão de sangue procedente de doadores que tivessem recebido uma vacina de RNA mensageiro, tecnologia utilizada nos imunizantes anticovid da Pfizer e Moderna por exemplo. Além disso, as autoridades de saúde do país rejeitaram o pedido dos pais de usar apenas sangue de não vacinados. A Nova Zelândia não faz distinção entre doações de pessoas vacinadas ou não contra a Covid-19, pois não existe razão para isso.

"A questão primordial é se o tratamento proposto é do melhor interesse (do bebê)", afirmou o tribunal em um comunicado.

O juiz Ian Gault ordenou ainda que os pais permitissem aos médicos a realização dos preparativos para a cirurgia. Isso ocorreu depois que o serviço de saúde informou que o casal estava obstruindo a equipe de fazer exames de sangue, realizar uma radiografia de tórax e uma avaliação anestésica.

Segundo o jornal The Guardian, a advogada dos responsáveis pela criança contou que eles não iriam recorrer da decisão judicial e priorizariam um “momento tranquilo com o bebê até a operação e apoiá-lo durante a operação”.

A tutela médica durará até a recuperação pós-operatória do bebê — provavelmente em janeiro de 2023. Enquanto isso, os pais permanecem como tutores "para todos os outros propósitos" e serão "informados sobre a natureza e o progresso da condição e tratamento do Bebê W", afirma a sentença.

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