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Bebezão

Bebês gigantes: saiba como os casos de macrossomia ocorrem e quais são os riscos gestacionais

Fazer o pré-natal, por exemplo, é uma forma para detectar possíveis patologias na criança

Ali James Medlock nasceu com 6,7 kg no Texas, Estados UnidosAli James Medlock nasceu com 6,7 kg no Texas, Estados Unidos - Foto: Reprodução/Facebook

No início deste mês, no Arizona, Estados Unidos, um bebê nasceu com tamanho e peso que chamaram atenção dos médicos, e logo o caso ganhou as redes sociais, viralizando até mesmo aqui no Brasil. Com 6,3 kg e 60 centímetros,  Finnley foi o maior bebê que o seu médico já realizou o parto em 27 anos de profissão.

Mas o que faz com que um bebê nasça com tamanho e peso tão fora do esperado? O caso tem nome e origem. 

A macrossomia fetal -casos de bebês muito grandes- pode ser detectada nos exames de pré-natal. Segundo o médico obstetra do Hospital das Clínicas e do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), Thiago Saraiva, normalmente, o bebê nasce com cerca de 3 kg até 3,5 kg. O tamanho varia entre 48 cm e 52 cm. 

Para Saraiva, uma das causas para o nascimento de um bebezão pode ser a diabetes gestacional ou quando os pais são grandes fisicamente e já têm o potencial genético no DNA. 
 

"Quando o bebê nasce grande assim, pode ter distúrbios metabólicos como a hipoglicemia [queda no nível de açúcar no sangue]. Como o feto recebe muito açúcar no útero, o pâncreas passa a produzir muita insulina. Quando nasce, o pâncreas continua produzindo muita insulina e tem hipoglicemia", explica o médico. 
 
Para a mãe de uma criança macrossômica, há riscos de hemorragias e intercorrências. Além disso, ela pode precisar fazer cesárea por conta do tamanho do bebê e há os riscos inerentes da cirurgia.
 

Outro aspecto é que o bebê e/ou a mãe podem desenvolver tocotraumatismo, que são lesões decorrentes do parto. "O mais comum é aquele 'calinho na cabeça do bebê', no parto. Na mãe, pode ocasionar lesões na musculatura do períneo que chamamos de lacerações", aponta Saraiva.

Por outro lado, quando a mãe desenvolve diabetes gestacional, é muito provável que, no futuro, ela tenha diabetes, conta o obstetra.

Além disso, o médico ainda ressalta a importância do pré-natal. "Se a mãe tiver diabetes gestacional, pode ter que parir mais cedo. Na própria ultrassom e medição da barriga, já é possível detectar se será um bebê macrossômico", conclui. 

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