Berlusconi: de mansões a iates, conheça herança deixada por bilionário italiano
Ex-primeiro-ministro da Itália morto aos 86 anos controlava 61,21% da Fininvest e tinha patrimônio de R$ 33 bilhões
A morte do magnata dos meios de comunicação e ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, em 12 de junho, fez com que o patrimônio acumulado durante sua vida fosse dividido entre os herdeiros definidos por ele em testamento. Aos 86 anos, ele deixou aos cinco filhos um “tesouro” de 6,4 bilhões de euros (R$ 33 bilhões), além de bens imobiliários, iates, obras de arte e outros investimentos.
Saiba quem ficou com a fortuna
Última mulher de Berlusconi, Marta Fascina, de 33 anos, ficou com 100 milhões de euros (R$ 527 milhões). Embora não fossem casados, ela era chamada por ele de “esposa”. Marta também é deputada do partido Forza Italia, fundado pelo bilionário;
A maior parte da fortuna, no entanto, irá para os cinco filhos, nascidos de dois casamentos. O conteúdo do testamento foi divulgado pela agência italiana Ansa;
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Marina e Pier Silvio Berlusconi, nascidos do primeiro casamento do magnata da mídia com Carla Dall'Oglio, herdam juntos 53% da empresa familiar Fininvest;
Os outros três filhos, Luigi, Eleonora e Bárbara, frutos do segundo casamento com a ex-atriz Verónica Lario, dividem os 47% restantes.
Além disso, o bilionário também construiu um império imobiliário. Ao todo, ele possuía ao menos 29 propriedades em seu nome — muitas delas com tamanhos imperiais e localizações exclusivas. Entre as mais famosas está a Villa San Martino, que possui, ainda, uma galeria de arte, uma biblioteca com dez mil volumes e estábulos. Conheça alguns dos bens deixados pelo italiano:
Villa San Martino
Residência principal de Burlosconi por quase 50 anos, o imóvel foi comprado por ele no início dos anos 1970. O local ficou marcado por ser ponto de encontro das reuniões íntimas sobre negócios e política, mas também por ter sido o cenário de algumas de suas famosas festas sexuais, conhecidas como “bunga-bunga”.
A mansão de 70 quartos possui um acervo com pinturas de Rembrandt e Ticiano, além de retratos, muitos do próprio Berlusconi. No acervo da biblioteca há biografias de Winston Churchill e Margaret Tatcher. Já no antigo escritório há presentes de líderes mundiais, incluindo alguns da rainha Elizabeth II e do revolucionário líbio Muammar Gaddafi.
Villa Certosa
A famosa Villa em Porto Rotondo, na Itália, foi o refúgio de Berlusconi desde o final dos anos 1980. Ela já foi reconstruída e ampliada ao longo dos anos, e hoje tem 4,5 mil metros quadrados e 126 quartos. Chefes de estado ou líderes de governo como o presidente George W. Bush e o russo Vladimir Putin já foram convidados.
O imóvel também conta com 174 lugares de estacionamento, um teatro, uma torre, estufa, ginásio e um jardim medicinal. Em 2012, ela foi avaliada em cerca de 259 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão), o que a torna uma das casas mais caras do mundo.
Villa Due Palme
A Villa Due Palme domina a vista em Cala Francese, na Itália. Ela foi comprada por Berlusconi em 2011, após ter visitado a ilha. Na época, ele disse ter entrado na internet e encontrado “uma linda casa” na região. A moradia, de 250 metros quadrados, oito quartos e um grande jardim, foi vendida por 1,5 milhão de euros (R$ 7,9 milhões). Após as reformas, em junho de 2019 Berlusconi pisou em sua casa nova pela primeira vez.
Além das villas
O patrimônio de Berlusconi foi construído por empresas, como a Finivest, mas também pelos imóveis e até pelo clube de futebol Monza (que o magnata comprou em 2018, um ano após vender o Milan). Para além de suas villas, ele tinha cinco apartamentos em Milão e três barcos — incluindo um megaiate de 42 metros e uma lancha.
Última mensagem
O testamento de Berlusconi, que dominou a vida política italiana por décadas, foi acompanhado por uma frase manuscrita dirigida a seus filhos: “Obrigado. Sinto muito amor por todos vocês. Seu pai”.
O italiano, cujas origens patrimoniais permanecem envoltas em mistério, também deixou 100 milhões de euros ao irmão Paolo, bem como 30 milhões de euros (R$ 158 mlhões) ao amigo e sócio Marcello Dell'Utri, cofundador do partido Forza Italia.