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guerra na ucrânia

Berlusconi defende Putin e diz que ele foi "pressionado" a invadir a Ucrânia

"Putin foi pressionado pela população russa, seu partido e seus ministros a inventar essa operação especial" disse líder do Forza Italia

Líder do Forza Italia (direita), que concorre às eleições legislativas no domingo (25)Líder do Forza Italia (direita), que concorre às eleições legislativas no domingo (25) - Foto: Andreas Solaro / AFP

Para o ex-chefe de Governo e magnata das comunicações italiano Silvio Berlusconi, o presidente russo Vladimir Putin foi "pressionado" a invadir a Ucrânia para "substituir o governo de (Volodymyr) Zelensky por um governo de pessoas decentes", explicou em um programa na televisão pública.

"Putin se viu em uma situação realmente difícil e dramática", explicou na quinta-feira à noite o líder do Forza Italia (direita), que concorre às eleições legislativas no domingo (25) com uma coalizão com a extrema-direita. 

Berlusconi, que visitou a Crimeia depois que a península foi anexada pela Rússia em 2014, é considerado "amigo" de Putin, a quem convidou várias vezes para sua mansão particular na ilha da Sardenha. 

"Putin foi pressionado pela população russa, seu partido e seus ministros a inventar essa operação especial", disse.

"Uma missão das duas repúblicas pró-Rússia do Donbass foi a Moscou, falou com todo mundo, rádio, imprensa, televisão, com pessoas do partido (de Putin), com ministros, e disse: 'Zelensky intensificou os ataques contra nossas forças em nossas fronteiras. Já custou 16.000 mortos. Por favor, defenda-nos".

"As tropas russas deviam entrar na Ucrânia, chegar em Kiev em uma semana, substituir o governo Zelensky por um governo de pessoas decentes e retornar em uma semana", explicou o magnata no programa político popular 'Porta a Porta'.

"Mas encontraram resistência inesperada que foi alimentada com armas de todos os tipos pelo Ocidente", enfatizou o magnata. "A guerra já dura mais de 200 dias, a situação se tornou muito difícil, me sinto mal quando ouço falar dos mortos porque sempre considerei a guerra como a loucura da loucura", concluiu.

As declarações de Berlusconi geraram todo tipo de reação, razão pela qual nesta sexta-feira (23) ele reiterou que considera qualquer guerra "injustificável" e reafirmou seu apoio à OTAN, à União Europeia e aos Estados Unidos.

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