Huthis

Biden adverte huthis após novos ataques dos EUA no Iêmen

Os rebeldes também declararam como "alvos legítimos" os interesses americanos e britânicos na região

Presidente dos Estados Unidos, Joe BidenPresidente dos Estados Unidos, Joe Biden - Foto: Kent Nishimura / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, advertiu nesta quinta-feira (18) que os ataques contra os rebeldes huthis no Iêmen vão continuar até que o grupo apoiado pelo Irã cesse sua ofensiva contra os navios no Mar Vermelho.

A Casa Branca anunciou que os Estados Unidos atacaram de novo nesta quinta-feira mísseis do grupo rebelde, como já havia feito na noite de quarta-feira.

Sobre os ataques, Biden disse: "Estão detendo os huthis? Não. Vão continuar? Sim."

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, declarou: "Fizemos de novo esta manhã, atacando mísseis [...] que acreditamos que estavam prontos para serem lançados ao Mar Vermelho."

Em meio ao risco de uma escalada regional em torno de Israel e Hamas, os ataques dos Estados Unidos acontecem horas depois de Washington classificar, mais uma vez, os rebeldes iemenitas como um grupo "terrorista".

Apoiados pelo Irã, os huthis afirmam agir apenas contra barcos israelenses ou vinculados com este país, em "solidariedade" aos palestinos da Faixa de Gaza no âmbito da guerra entre Israel e Hamas.

Junto com o Reino Unido, os Estados Unidos lideram a resposta internacional a esses ataques, com o apoio adicional de Austrália, Bahrein, Canadá e Países Baixos.

A Dinamarca, sede do gigante logístico Maersk, que interrompeu temporariamente o trânsito no Mar Vermelho, anunciou hoje que quer se juntar à coalizão.

Um responsável militar huthi disse à emissora Al Masirah que o grupo continuaria "atacando barcos israelenses que se dirijam aos portos da Palestina ocupada, sem importar o que os agressores americanos e britânicos tentem fazer para impedi-lo".

Os rebeldes também declararam como "alvos legítimos" os interesses americanos e britânicos na região.

O porta-voz militar huthi, Yahya Saree, disse em declarações televisionadas que os rebeldes atacaram um navio americano chamado "Genco Picardy" no Golfo de Áden. O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) confirmou que o barco foi atacado na quarta-feira.

Na terça, o Exército americano disse que destruiu quatro mísseis antinavio no Iêmen, que eram uma ameaça iminente para embarcações militares e civis.

Na semana passada, Estados Unidos e Reino Unido atacaram quase 30 posições no Iêmen.

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