Biden alerta Israel para não ocupar Gaza, mas afirma que o Hamas deve ser exterminado
Em entrevista ao programa "60 Minutes", nesse domingo (15), o presidente americano também defendeu a criação do Estado palestino
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou Israel, numa entrevista transmitida neste domingo (15) pelo programa "60 Minutes", para não ocupar Gaza. Esse foi o primeiro esforço público significativo de Biden para conter o aliado dos EUA, após o ataque do grupo terrorista Hamas, que matou mais de 1.300 pessoas, incluindo pelo menos 29 americanos, em 7 de outubro passado, informou o jornal The New York Times.
Desde o ataque do Hamas, Biden ofereceu apoio a Israel e recusou-se a criticar o país pelo cerco a Gaza, enclave controlado pelo Hamas, mesmo quando funcionários da ONU alertaram para uma crise humanitária na região. No entanto, na entrevista deste domingo, o presidente americano se pronunciou contra uma ocupação em grande escala de Gaza.
Biden também afirmou, na entrevista, que o Hamas deve ser exterminado, mas destacou ser preciso abrir caminho para a criação do Estado palestino. Ele completou afirmando que os EUA farão "tudo o que estiver ao alcance para encontrar os [reféns] que ainda estão vivos e libertá-los. Não vou entrar em detalhes sobre isso, mas estamos trabalhando duro para isso".
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O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse à CNN que seu governo não tem interesse em permanecer em Gaza:
"Não temos interesse em ocupar Gaza ou permanecer em Gaza, mas como estamos lutando por nossa sobrevivência, e a única maneira, como o próprio presidente [Joe Biden] definiu, é extinguir o Hamas, teremos que fazer o que for necessário para acabar com suas capacidades" disse.
Erdan não revelou como será a estrutura de poder de Gaza após o desmantelamento do Hamas, afirmando apenas que "gostaríamos de estar coordenados com nossos aliados americanos. Mas, por enquanto, o único foco deve ser como libertar os reféns, como garantir nosso futuro eliminando a capacidade do Hamas".