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ESTADOS UNIDOS

Biden alerta para ameaças à 'frágil' democracia dos EUA

Biden ressaltou a ameaça específica de uma Suprema Corte intimidada e de um Congresso incapaz de manter uma presidência autocrática sob controle

O presidente dos EUA, Joe BidenO presidente dos EUA, Joe Biden - Foto: Roberto Schmidt/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou novamente em uma entrevista na quinta-feira contra a perigosa erosão dos fundamentos que protegem uma democracia cada vez mais "frágil".

Um dia depois de pedir aos americanos que se mantenham firmes contra uma "oligarquia" emergente sob o comando do presidente eleito Donald Trump, Biden ressaltou a ameaça específica de uma Suprema Corte intimidada e de um Congresso incapaz de manter uma presidência autocrática sob controle.

Em uma entrevista gravada à MSNBC, sua última antes de deixar o cargo na segunda-feira, ele também revelou detalhes de suas conversas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e discutiu a situação na Ucrânia.

"Estou muito preocupado com o quão frágil está a democracia", disse Biden.

"Eu realmente acredito que estamos em um ponto de virada na história em que, independentemente de qualquer líder em particular, as coisas vão mudar radicalmente", disse ele.

"Acho que o que me preocupa é que o que nos mantém no caminho certo são as barreiras, ter uma Suprema Corte independente", disse Biden, e um Congresso onde "você fala o que pensa, mas é responsabilizado com padrões mínimos".

Ele acrescentou que o presidente pode ser o "chefe", mas não pode "ditar tudo".

Sobre Netanyahu, Biden disse que ainda o considera um "amigo", embora "tenhamos discordado completamente recentemente".

Sobre o conflito na Ucrânia, Biden afirmou que houve mais de 670.000 feridos ou mortos no lado russo desde o início da invasão.

"Eles também estão perdendo muito", disse ele.

"Isso não significa que eles vão perder tudo, mas significa que não conseguirão o tipo de vitória que (o presidente russo, Vladimir Putin) esperava", considerou.

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