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Programa Nuclear

Biden convoca Rússia e China a negociar controle de armas nucleares

A Rússia vem aumentando sua capacidade nuclear nos últimos anos, embora seu arsenal hoje seja muito menor do que o dos EUA e da China

O presidente dos EUA, Joe Biden, fala virtualmente durante uma reunião com CEOs e líderes trabalhistas, no South Court Auditorium do Eisenhower Executive Office Building, ao lado da Casa Branca, em Washington, DCO presidente dos EUA, Joe Biden, fala virtualmente durante uma reunião com CEOs e líderes trabalhistas, no South Court Auditorium do Eisenhower Executive Office Building, ao lado da Casa Branca, em Washington, DC - Foto: Brendan Smialowski / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lançou um apelo a Rússia e China, nesta segunda-feira (1º), para conversas sobre controle de armas nucleares, afirmando que Moscou tem essa responsabilidade, especialmente, desde a invasão da Ucrânia.

Em um comunicado, Biden explicou que seu governo está disposto a "negociar rapidamente" um texto que substitui o Novo START, o tratado que limita as armas nucleares intercontinentais dos Estados Unidos e da Rússia e que expira em 2026. 

"A Rússia deve mostrar que está disposta a retomar os trabalhos sobre o controle de armas nucleares", afirmou Biden. 

"Mas a negociação requer um parceiro disposto a operar de boa-fé. E a agressão brutal e não provocada da Rússia na Ucrânia destruiu a paz na Europa e constitui um ataque aos princípios fundamentais da ordem internacional", completou.

A Rússia vem aumentando sua capacidade nuclear nos últimos anos, embora seu arsenal hoje seja muito menor do que o dos Estados Unidos e da China.

Para Biden, Pequim tem o dever, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, “de participar de conversas que reduzam o risco de um erro de cálculo e abordem a dinâmica militar desestabilizadora”.

"Não há qualquer benefício para nenhuma das nossas nações, nem para o mundo, em resistir a um compromisso sobre o controle de armas e a não proliferação nuclear", acrescentou o presidente americano.

Biden defendeu que as potências nucleares - Rússia e Estados Unidos especialmente - têm a responsabilidade de marcar a pauta e assegurar o cumprimento do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). 

"A saúde do TNP sempre repousou em limites de armas significativos e recíprocos entre os Estados Unidos e a Federação Russa. Mesmo no auge da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética foram capazes de trabalhar juntos para defender nossa responsabilidade compartilhada de garantir a estabilidade estratégica", lembrou Biden. 

"O mundo pode confiar em que meu governo continuará apoiando o TNP e buscará fortalecer a arquitetura de não proliferação que protege os povos de qualquer lugar (do mundo)", insistiu.

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