MUNDO

Biden diz a Putin que atacar a Ucrânia terá 'custos rápidos e severos'

Conversa por telefone entre presidentes foi marcada por pouco avanço

Foto: Jim Watson, Grigory Dukor / AFP

O presidente americano, Joe Biden, advertiu seu contraparte russo, Vladimir Putin, que os Estados Unidos "responderão decisivamente e imporão custos rápidos e severos à Rússia" se o país invadir a Ucrânia.

Em uma conversa por telefone, Biden destacou que "enquanto os Estados Unidos continuam preparados para se dedicar à diplomacia, em total coordenação com seus aliados e parceiros, estamos igualmente preparados para outros cenários", informou a Casa Branca em nota.

Biden "deixou claro que se a Rússia empreender uma invasão, os Estados Unidos vão responder decisivamente e impor custos rápidos e severos à Rússia", acrescenta.

A Casa Branca também informou que Biden tinha "reiterado" a Putin que atacar a Ucrânia "provocaria um sofrimento humano generalizado e diminuiria a posição da Rússia".

Os dois presidentes conversaram por pouco mais de uma hora e aparentemente não houve nenhum avanço para atenuar a tensão entre o Ocidente e a Rússia sobre a mobilização de forças que cercam por terra, ar e mar a vizinha a Ucrânia.
 

O telefonema "foi profissional e substantivo e durou mais de uma hora. Não houve uma mudança fundamental sobre o que se está desenvolvendo há várias semanas", disse a jornalistas o alto funcionário, que pediu para não ser identificado.

Ele destacou que Washington apresentou propostas que "melhorariam a segurança europeia e também abordam algumas preocupações expressas pela Rússia", ao mesmo tempo em que prometem respeitar a soberania da Ucrânia.

"Continua sem estar claro se a Rússia está interessada em buscar estas metas pela via diplomática ao invés de usar a força. Continuamos comprometidos com a ideia da desescalada através da diplomacia. Mas também temos uma visão clara sobre a perspectiva disso, em vista dos aparentes passos da Rússia no terreno", disse.

"Os riscos são muito altos para não dar à Rússia todas as oportunidades" de se conter. "De forma que, como sempre, continuamos pelos dois caminhos", destacou o funcionário.

A Rússia "já está cada vez mais isolada do mundo e mais dependente da China", concluiu. 

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