Biden diz que apoia novas eleições na Venezuela após crise instaurada pela vitória de Maduro
Presidente americano respalda sugestão defendida pelo presidente Lula e pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, que lideram mediação em Caracas
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira que apoia a ideia novas eleições na Venezuela, respaldando a ideia defendida pelo presidente Lula e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que tentam mediar a crise em Caracas e abrir um canal de comunicação entre o presidente Nicolás Maduro e a oposição, liderada por María Corina Machado.
Perguntado por um repórter no Jardim Sul da Casa Branca se apoiava a realização de novas eleições na Venezuela, Biden respondeu, "Eu apoio".
Leia também
• Biden e Kamala fazem campanha juntos pela primeira vez para celebrar vitória econômica
• Dirigente do Fed diz não enxergar recessão no horizonte imediato dos EUA
• Candidatos a vice-presidente dos EUA terão primeiro debate televisionado em outubro
Horas antes da declaração do democrata, Lula afirmou em entrevista que, se Maduro tivesse "bom senso", ele poderia convocar novas eleições no país. Esta foi a primeira vez que líder brasileiro falou abertamente sobre a proposta, apresentada de maneira informal pelo assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim.
— Maduro tem seis meses do (atual) mandato ainda. Se tiver bom senso, poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário em que participe todo mundo e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro — afirmou Lula.
Quase em paralelo à declaração do presidente americano, Gustavo Petro fez eco ao homólogo brasileiro e pediu "novas eleições livres" na Venezuela.
Em uma publicação no X, o presidente colombiano fez uma lista de sugestões para resolver a crise política na Venezuela devido às denúncias de fraude da oposição.
Entre as suas propostas, mencionou a "suspensão de todas as sanções econômicas" e "garantias totais para a ação política".