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Biden diz que EUA estão focados na região Ásia-Pacífico

Presidente Biden recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong

Presidente Joe Biden Presidente Joe Biden  - Foto: Nicholas Kamm / AFP

 

O presidente Joe Biden disse, nesta terça-feira (29), que os Estados Unidos estão voltando "fortemente" sua atenção para a região Ásia-Pacífico, apesar da crise gerada pela invasão russa na Ucrânia.

Ao receber na Casa Branca o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, Biden disse que os governantes do mundo enfrentam "desafios sem precedentes", mas acrescentou que Washington não se distrai com a guerra na Ucrânia.

"Mesmo quando nos ocupamos da crise na Europa, meu governo é firmemente a favor de agir rapidamente para implementar a estratégia Indo-Pacífico", disse Biden.

Ele acrescentou que os Estados Unidos querem garantir que a região permaneça "livre e aberta", uma referência ao que a Casa Branca enxerga como a tentativa da China de dominar as rotas comerciais internacionais.

Refletindo a posição da Singapura como centro comercial que deseja ter boas relações com Pequim e Washington, Lee disse esperar que Biden "aprofunde" os laços "com a China, é claro, mas também com outros países além da China".

Durante uma coletiva de imprensa conjunta posterior, os dois líderes ressaltaram esta mensagem.

"Estamos buscando juntos livre e aberto Indo-Pacifico, um Indo-Pacífico conectado, próspero e mais seguro", disse Biden. 

Lee afirmou que "Singapura aprecia profundamente o compromisso dos Estados Unidos com o sudeste da Ásia" e "apoiou uma forte presença dos Estados Unidos na região".

O governo Biden tem caracterizado reiteradamente a região da Ásia-Pacífico, e em particular a ascensão da China, como o tema estratégico número um para os Estados Unidos.

As duas maiores economias do mundo se enfrentam em temas como comércio e direitos humanos e em termos gerais no que Biden costuma descrever como uma batalha decisiva entre as autocracias e as democracias.

Mas as preocupações sobre a China ficaram em segundo plano após a guerra na Europa, onde o exército da Rússia invadiu a Ucrânia pró-ocidental em uma crise que lembra a Guerra Fria.

Até a preocupação com os testes de mísseis da Coreia do Norte foi superada pela campanha militar russa.

Inevitavelmente a guerra na Europa esteve subjacente na visita de Lee.

A rica Singapura somou-se em fevereiro a outros países pro-ocidentais na imposição de sanções financeiras à Rússia que incluem o bloqueio de transações financeiras.

Singapura raramente sanciona outros países sem o apoio da ONU, mas seu ministro das Relações Exteriores, Vivian Balakrishnan, disse que desta vez a crise tem uma "gravidade sem precedentes".

Além disso, o ataque russo à Ucrânia impactou aliados americanos para além da Europa, incluindo Japão e Austrália.

"A guerra na Ucrânia tem implicações para a região Ásia-Pacífico. Há potenciais focos de tensão e assuntos contenciosos também na nossa região que, se não forem bem geridos, poderão escalar para um conflito aberto", disse Lee.

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