GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Biden diz que Netanyahu não faz o suficiente para conseguir um acordo sobre os reféns

Milicianos do Hamas fizeram 251 reféns durante o ataque de 7 de outubro no sul de Israel que desencadeou a guerra, 97 dos quais permanecem em Gaza, 33 deles mortos, segundo o Exército israelense

Netanyahu Netanyahu  - Foto: Christophe Ena / POOL / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira (2) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não está fazendo o suficiente para obter um acordo sobre a libertação dos reféns em poder do grupo islamista palestino Hamas desde 7 de outubro.

Questionado por um jornalista na Casa Branca — onde Biden se reunirá com negociadores americanos que atuam no conflito entre Israel e Hamas — se considera que o governante israelense estava fazendo o suficiente para obter o acordo, Biden respondeu: "Não".

A reunião de Biden com os negociadores sobre o acordo para a libertação dos reféns surge depois da descoberta, no sábado, em Gaza, de seis reféns mortos, incluindo um cidadão de nacionalidade americana.

O presidente disse que os negociadores estavam "muito perto" de uma proposta final a ser apresentada a Israel e ao Hamas.

A agenda de Biden foi modificada para dar tempo à reunião na Casa Branca, que também conta com a presença da vice-presidente Kamala Harris, que concorre como candidata democrata para sucedê-lo nas eleições presidenciais de novembro.

De acordo com um comunicado da Casa Branca, Biden e Harris se reunirão "com a equipe de negociação dos Estados Unidos para o acordo de reféns após o assassinato do cidadão americano Hersh Goldberg-Polin e de cinco outros reféns nas mãos do Hamas, e discutirão os esforços para garantir a libertação dos restantes".

Os Estados Unidos, juntamente com outros mediadores como o Egito e o Catar, têm pressionado há meses por uma troca de reféns e prisioneiros e por um cessar-fogo na guerra em Gaza.

Milicianos do Hamas fizeram 251 reféns durante o ataque de 7 de outubro no sul de Israel que desencadeou a guerra, 97 dos quais permanecem em Gaza, 33 deles mortos, segundo o Exército israelense.

Dezenas de reféns foram libertados durante uma trégua de uma semana em novembro.

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